Grande maioria das pessoas que estão morrendo com Covid-19 nos Estados Unidos é representada por não vacinados contra a doença. A informação foi dada pelo conselheiro da Casa Branca para a crise sanitária, Anthony Fauci, em julho. Já os internados com a doença, são 97% não vacinados, segundo Rochelle Walensky, diretora do CDC (Centro de Controle de Doenças) do governo americano.
No Alabama, 94% dos internados e 96% dos mortos por Covid-19 são pacientes que não se vacinaram. “Estou recebendo pessoas jovens e saudáveis no hospital com infecções muito graves por Covid. Uma das últimas coisas que eles fazem antes de serem intubados é implorar pela vacina. Eu seguro as mãos deles e digo que sinto muito, mas é tarde demais”, relatou a médica Brytney Cobia, que trabalha no Alabama, nas redes sociais.
Alguns dos pacientes que foram internados desacreditam que estão com a doença, mesmo após a comprovação por meio de exames e diagnósticos médicos. Outros, se arrependem de não terem tomado a vacina e dão depoimento sobre a mudança de pensamento após se recuperarem.
Alguns desses pacientes se recusam até a acreditar que têm Covid-19, mesmo com os resultados dos exames e a confirmação dos médicos, contou um pneumologista intensivista ao New York Times. Mas outros se arrependem de não terem tomado a vacina e, depois que se curam, dão seu depoimento nas redes sociais, em programas de TV ou em campanhas de saúde para convencer outras pessoas céticas.
“Se eu soubesse o que sei agora, definitivamente teria me vacinado”, disse o trabalhador da indústria Joshua Garza, de 43 anos, à emissora de TV ABC. O homem, que mora no Texas, teve que passar por um raro transplante duplo de pulmão após os seus pararem de funcionar depois da infecção pelo coronavírus. “Teria sido muito mais fácil tomar a vacina do que passar pelo que ele está passando”, disse seu médico, na entrevista.
Garza contou na entrevista que espera que seu exemplo sirva de inspiração para outras pessoas. “Quando eles te dizem que seus pulmões estão falhando, você vai dormir sem saber se vai acordar no outro dia ou não”, relatou.
*Com informações da Folha de São Paulo
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