Na última quinta-feira (12), o Governo de Pernambuco realizou uma coletiva de imprensa, que contou com a participação de representantes do comitê de enfrentamento à Covid-19 no Estado. Na oportunidade, o médico e representante da Sociedade Brasileira de Imunizações, Eduardo Jorge da Fonseca Lima, afirmou que Pernambuco avalia a necessidade de aplicação de uma terceira dose da vacina contra o coronavírus em grupos específicos.
Durante a coletiva, foi destacado que a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) discutirá em breve sobre o assunto. "Nós temos a certeza que a imunidade de algumas vacinas cai com o passar do tempo. Precisamos acompanhar e ter a certeza absoluta da queda desses anticorpos e da relação de perda de anticorpos com risco de adoecimento. Isso é ainda um conhecimento que está sendo construído", destacou Lima, que é integrante dos comitês de vacinação contra o coronavírus no Recife e em Pernambuco.
O médico afirmou que outra questão que deve ser levada em consideração para avaliar a necessidade de uma terceira dose é a presença da variante Delta em Pernambuco. O secretário estadual de Saúde, André Longo, divulgou que os dois primeiros casos do Estado foram confirmados em um homem de 49 anos que mora em Olinda e outro de 24, residente em Abreu e Lima.
> Pernambuco confirma os primeiros casos da variante Delta
Antes, haviam sido identificados cinco casos da variante em tripulantes filipinos de navio que precisou atracar no Estado para que eles recebessem atendimento médico. "Sabemos que para esta variante, o escape da resposta da vacina é um pouco maior do que das variantes anteriores e que é importantíssimo ter as duas doses primeiro", disse Eduardo Jorge.
Lima informou na coletiva que, se for aprovada, a aplicação da terceira dose deve começar ainda este ano. No entanto, a prioridade é vacinar toda a população acima de 18 anos com duas doses antes disso.
"Há alguns grupos especiais: os idosos, os pacientes que têm imunodeficiência, que em um cenário epidemiológico que aponte para diminuição da proteção e maior risco de circulação da variante Delta, precisaremos sim, começar, em breve, a discussão com a revacinação com a terceira dose", explicou.
O médico explicou ainda que uma eventual terceira dose dependeria ainda "do tipo de vacina que a pessoa tomou anteriormente, do cenário epidemiológico e da certeza que toda a população já tomou as suas duas doses".
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