No último domingo (15), o Talibã entrou em Cabul, capital do Afeganistão, enquanto o presidente Ashraf Ghani deixava o país. O grupo liderou o país de 1996 a 2001, sob extrema ditadura religiosa, com base na interpretação da Sharia (lei muçulmana). A tomada de poder provocou tumultos e despertou o medo da população pela volta dos tempos mais sombrios da história do país.
O que está acontecendo no Afeganistão é consequência de diversos fatores. Como estratégia, o Talibã busca a completa de seu emirado islâmico, que governou o país por cinco anos. A retomada do poder começou com a negociação da saída de tropas americanas e estrangeiras do território afegão, por meio de um acordo com os Estados Unidos.
Os americanos estiveram com suas tropas no país por mais de 20 anos e se retiraram após diálogos e combinação de forças, que foram parte da estratégia militar do Talibã. Parte do acordo também significou que Washington pressionou o governo afegão a libertar milhares de prisioneiros talibãs.
Em 1994, o movimento do Talibã, ou "estudantes de religião", surgiu no Afeganistão, que estava devastado pela guerra contra os soviéticos (1979-1989) e enfrentava uma luta fratricida entre mujahedines desde a queda do regime comunista em Cabul, em 1992. Formados no Paquistão, os talibãs eram liderados pelo misterioso mulá Mohamad Omar, que morreu em 2003.
Atualmente, o Talibã é liderado por Haibatullah Akhundzada. Os talibãs prometeram restaurar a ordem e a justiça, e cresceram rapidamente graças ao apoio do Paquistão e à aprovação tácita dos Estados Unidos.
A população do Afeganistão está tentando deixar o país depois que o Talibã tomou a capital Cabul e voltou ao poder após 20 anos. No domingo (15), o presidente fugiu do Afeganistão e o palácio presidencial foi tomado pelos talibãs,
Os Estados Unidos atacaram o Afeganistão em 2001, depois do atentado às Torres Gêmeas no 11 de setembro. Os americanos invadiram o país e derrubaram o Talibã do poder.
Os americanos acusaram o Talibã de financiar e esconder membros da Al-Qaeda, grupo terrorista comandado por Osama bin Laden e responsável pelo atentado. Em fevereiro de 2020, Donald Trump assinou um acordo de paz com o Talibã para a retirada total das tropas americanas do Afeganistão em abril deste ano.
O atual presidente, Joe Biden, manteve a decisão mas adiou a saída do país para o fim deste mês. Com isso, o Talibã rapidamente retomou o poder.
*Com informações da AFP e JC Online
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