O comerciante Carlos Massatoshi Higa, de 72 anos, recebeu alta do hospital após ficar 190 dias internado, 100 dias foram em uma UTI entubado, por complicações da Covid-19. Na saída do hospital, em São Paulo, a família descobriu que estava devendo R$ 2,6 milhões pelo tratamento, remédios e diárias.
Apesar do susto, a filha do idoso que trabalha como professora disse que quer pagar a dívida, pois “a vida de ente querido vale muito mais do que o dinheiro usado para salva-la”, afirmou.
O senhor mora com a esposa, de 66 anos, e é dono de uma banca de jornal na Zona Norte de São Paulo. Após tomar a primeira dose da vacinação contra a covid-19 em março, o que ele não sabia era que dias antes havia sido contaminado pelo vírus e dois dias depois ele começou a passar mal.
A família lamenta que o idoso não tenha tomado a primeira dose antes e acha que se tivesse tomado mais cedo, ele não teria adoecido.
Quando os sintomas aumentaram, a família procurou um hospital e em março o sistema Cross do SUS mostrava que os hospitais estavam lotados e com fila de espera. Por isso as filhas o levaram para um hospital particular, um mais próximo da casa do idoso.
Apesar do casal ter uma reserva de dinheiro para emergências, não foi o suficiente. Após ser internado, os sintomas foram se agravando e a necessidade da Unidade de Tratamento Intensivo e intubação.
Após receber alta da UTI e ter o resultado negativo da covid-19, o hospital tentou transferir Carlos para uma unidade pública e a família custeou uma UTI móvel mas ao chegar no local, foram informados que ele iria ser levado para um local com pacientes com a doença. Por medo da reinfecção, ele voltou para o hospital inicial.
As despesas todas passaram de 130 milhões, mas com uma vaquinha online feita para ajudar nos custos, conseguiram diminuir a dívida, que agora está em R$ 2,6 milhões com a matriz do hospital.
O Hospital foi procurado pela UOL e informou que as longas internações podem ocorrer nesse tipo de paciente e os custos aumentarem também. Por nota informaram que "No caso em questão, as informações eram atualizadas constantemente à família. A instituição reforça sua missão de cuidar e valorizar a vida, priorizando a excelência dos serviços prestados.".
*Com informações da UOL
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