Piloto de Marília Mendonça se comunicou por rádio com equipe do avião 2 minutos antes da queda

"Nunca nenhum avião foi visto voando tão baixo próximo das torres", contou o responsável pelo Aeroporto de Caratinga
Eduarda Cabral
Publicado em 11/11/2021 às 12:28
Motores do avião que caiu com Marília Mendonça são resgatados Foto: NE10


O avião que transportava a cantora Marília Mendonça e outras quatro passageiros na última sexta-feira (5), quando houve o acidente, entrou em contato com a equipe da aeronave dois minutos antes de ela atingir o solo. De acordo com O Globo, a comunicação ocorreu entre o piloto que guiava o avião e outro piloto da região.

 

Os dois entraram em contato via radiofrequência. A informação foi confirmada pelo segundo piloto, que em deu seu depoimento para os órgãos responsáveis por investigar as possíveis causas do acidente.

De acordo com o piloto, que ao O Globo preferiu ficar no anonimato, o piloto do avião da PEC Táxi Aéreo comunicou por radiofrequência que estava "pegando a perna de vento". O jargão significa que ele estava na última etapa do pouso, a reta final para alcançar a pista.

No depoimento, o piloto de Caratinga disse que também tinha intenção de pousar no mesmo local, mas que ainda faltava cerca de dez minutos para isso. Depois desse diálogo, não houve nenhum outro contato.

"É tempo mais que suficiente para acontecerem os dois pousos em segurança. Tanto que o outro piloto chegou como previsto", explica o Subadministrador do Aeroporto de Caratinga, Roni Macedo

 

Instruções de pouco

Se acordo com Macedo, não é preciso fazer "reserva" para usar a pista de Caratinga, basta avisar por radiofrequência. Caso nenhum outro piloto manifeste a mesma intenção no mesmo horário, a autorização está automaticamente dada.

Uma das hipóteses para o acidente é que a aeronave em que estava Marília tenha batido num fio de uma dessas torres, e o fio teria se enrolado no eixo existente entre a hélice e um de seus dois motores.

"Nunca nenhum avião foi visto voando tão baixo próximo das torres. A grande pergunta é: por que isso aconteceu?", comentou Macedo. 

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