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Mulheres de Flores protestam pedindo prisão de três homens que doparam e estupraram copeira

Segundo a irmã da vítima, a mulher chegou a ser babá de um dos suspeitos, que é filho de uma vereadora e primo do prefeito do município

Gabriela Luna
Gabriela Luna
Publicado em 23/12/2021 às 7:26
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Foto: Reprodução
A mulher teria sido dopada e estuprada por três homens, um deles primo do prefeito e filho de uma vereadora. - FOTO: Foto: Reprodução

Nessa terça-feira (21), dezenas de mulheres foram às ruas de Flores, no Sertão de Pernambuco, em uma passeata para exigir justiça para a copeira de 29 anos. A mulher teria sido dopada e estuprada por três homens, um deles primo do prefeito e filho de uma vereadora.

O caso ocorreu na noite do domingo (19). De acordo com informações da Polícia Civil, até o momento, três homens foram apontados como suspeitos do crime. Dois dos acusados são considerados foragidos pela polícia: Heitor Santana, filho da vereadora Flávia Santana (PSB) e primo do prefeito Marconi Santana (PSB), e João Victor Alves, ambos de 18 anos.

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O terceiro acusado, Josélio Siqueira, de 61 anos, foi preso e encaminhado para audiência de custódia nessa quarta-feira (22). A busca dos outros dois fugitivos é comandada pela delegada Jessica Bezerra de Almeida.
Segundo a irmã da vítima, a mulher chegou a ser babá de Heitor Santana. Atualmente, ela é funcionária da Câmara de Vereadores do município.

Na noite do crime, após a copeira sair do local onde fazia a prova de um concurso público, Heitor teria a encontrado casualmente e a convidado para tomar uma cerveja. A vítima teria sido dopada e levada a um quarto de motel.

“Ela trabalhou muitos anos na casa dele como doméstica e babá. Ele a convidou para sair depois do concurso e ela foi. Confiou nele”, conta a irmã da vítima.

Os homens gravaram os sucessivos estupros e compartilharam os vídeos no Whatsapp.

Ainda de acordo com a irmã, um dos rapazes chegou a procurar a vítima para oferecer dinheiro para que ela saísse da cidade.

Em nota, o prefeito Marconi Santana afirmou que é “contra qualquer ato de violência contra mulher, seja ele físico, psicológico e ou sexual”. O político assegurou que sua família “não comunga com o ato praticado e que cabe às autoridades competentes a aplicação da norma jurídica para a matéria”.

 

*Com informações do Marco Zero

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