Jovem ganha processo contra médico da mãe ao alegar que "não deveria ter nascido"

Uma jovem britânica processou o clínico-geral que atendeu sua mãe antes da gravidez.

Evie Toombes, de 20 anos, alegou a Justiça que o profissional da saúde não informou à mãe sobre a importância de tomar vitaminas importantes na gravidez.

Ela sofre de uma má-formação na coluna e, por conta disso, precisa ficar conectada a tubos.

Evie Toombes foi diagnosticada com espinha bífida em novembro de 2001. Devido à má formação, sua mobilidade é limitada.

Com o tempo, Evie dependerá, cada vez mais, da cadeira de rodas. Ela também sofre de problemas intestinais e de bexiga.

A garota relatou ao jornal The Sun, que o médico, Philip Mitchell, não indicou que sua mãe, Caroline Toombes, tomasse ácido fólico.

A vitamina é importante para o processo de formação do feto. Segundo a acusação, caso Caroline tivesse recebido a recomendação, provavelmente a gravidez teria sido adiada e a jovem não teria nascido.

No julgamento, a mãe de Evie relatou que foi até o consultório do médico planejar sua primeira gravidez. Segundo ela, em nenhum momento foi discutida a importância do uso de ácido fólico para evitar malformações.

“Ele me disse que não era necessário. Fui informada de que, se tivesse uma boa dieta anteriormente, não teria que tomar ácido fólico. Ele me disse para ir pra casa e ‘fazer muito sexo’, o que foi muito rude”, conta.

A defesa do Dr. Mitchell por sua vez, alega que a mulher já poderia estar grávida ao entrar em contato com o médico. Além disso, ele nega que tenha dispensado o uso da vitamina.

Apesar disso, a Suprema Corte de Londres deu razão a Evie. A jovem deve receber indenização milionária que ainda está sendo calculada mas deve cobrir seus gastos com a saúde pelo resto da vida.