PARADAS DE CAMINHONEIROS: Telegram foi usado por grupos de caminhoneiros para organizar manifestações

Caminhoneiros usam grupos do Telegram para se reunir em manifestações por todo Brasil.
Amanda Marques
Publicado em 01/11/2022 às 10:28
BR-101 interditada devido ao protesto dos caminhoneiros Foto: Wellington Lima/SJCC


Telegram é um dos aplicativos mensageiros de maior sucesso, principalmente com a capacidade de até  200 mil membros em um grupo. Essa quantidade de membros no aplicativo consegue unir uma diversidade de pessoas, principalmente aquelas insatisfeitas com as eleições de 2022

Com o resultado favorável para Lula (PT), o recém-eleito presidente do Brasil, muitos seguidores do lado oposto da eleição e seguidores de Jair Bolsonaro (PL) decidiram se reunirem para manifestações contra as decisões das urnas. 

O exemplo claro disso é a greve dos caminhoneiros, que de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), bloqueava e ainda bloqueia parciais ou totais em 25 Estados (incluindo o Distrito Federal).  

PARADAS DE CAMINHONEIROS: Telegram é usado por caminhoneiros para manifestação

Sem desprezar a força do WhatsApp na reunião dos grupos contra a decisão democrática, o Telegram ganha maior espaço com os grupos que se mobilizam por diversas regiões do Brasil. 

O Telegram é um aplicativo disponível para iOS e Android, que tem uma plataforma com objetivo de mandar mensagens, imagens, vídeos, gifs e arquivos. Além disso, o aplicativo permite conversas em massas e simultâneas, também tendo a versão para desktop.

Um dos diferenciais do Telegram é o recurso de chat secreto, com criptografia de ponta a ponta, que significa que os dados não irão para o servidor da empresa. O aplicativo já causou problemas para a justiça brasileira no passado por casos que envolviam conversas criptografadas e que não podiam ser cedidas. 

Segundo o Portal UOL, a rede social já desativou diversos grupos, principalmente, nesta segunda-feira (31), em que foram registrados grupos que anunciavam uma "paralisação geral pelo Brasil". 

Além disso, os coletivos no Telegram delimitaram um prazo de até 72 horas antes de uma suposta intervenção militar

"o prazo para a ação das Forças Armadas é de 72 horas, não temos políticos, partidos ou financiamentos. Nós, o povo, não seremos ultrajados e nem a nossa pátria! Comunismo aqui, não?!", constatou uma das mensagens registradas pelo UOL. 

TSE tenta conter grupos extremistas pós-eleições no Telegram

De acordo com a colunista Carolina Brígido, do UOL, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já bloqueou cerca de 27 grupos no Telegram que apoiavam o golpe militar e convocavam seguidores a organizar manifestações à favor da causa.

Na Procuradoria-Geral da República (PGR), os grupos extremistas continuam sendo prioridades para a monitorização em busca de evitar ameaças às instituições. 

Na PGR (Procuradoria-Geral da República), a ordem é a mesma: continuar monitorando os grupos extremistas para evitar ameaças às instituições.

Outra preocupação da instituição é o feriado da Proclamação da República, em 15 de novembro, quando a tendência dos grupos bolsonaristas esteja focada na ocupação das ruas e de uma interversão no STF. 

Grupos de WhatsApp perdem a força? 

Apesar da clara preferência ao Telegram, uma vez que o aplicativo mensageiro tem medidas menos restritivas, os grupos de WhatsApp continuam com força entre os apoiadores do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). 

Seja nas eleições ou depois delas, o WhatsApp é um grande disseminador de notícias e agrupamento entre os seguidores bolsonaristas. 

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