Após a invasão do Palácio do Planalto, da Suprema Corte Federal (STF) e do Congresso por seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, neste domingo (8), apoiadores do governo Lula questionaram a atuação do então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
Logo em seguida, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), confirmou que determinou a exoneração de Anderson. O ex-secretário está em viagem aos EUA e falou, sobre a manifestação, por meios das suas redes sociais.
Em dezembro do ano passado, no dia da diplomação do presidente Lula, a atuação de Torres à frente do ministério foi criticada diante dos atos bolsonaristas, que depredaram a cidade e colocaram fogo em carros e ônibus sem serem punidos.
Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na noite deste domingo, 8, que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal "tem fama de ser conivente com manifestações".
"Todo mundo sabe a fama do secretário de Segurança dele de ser conivente com as manifestações, então a intervenção vai cuidar disso", disse, em referência ao governador do DF.
Quem é Anderson Torres?
Com passagem pela Polícia Civil e delegado da Polícia Federal desde 2003, Anderson foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro (PL).
Ele possui especialização em Ciência Policial, Investigação Criminal e Inteligência Estratégica pela Escola Superior de Guerra (ESG).
Por causa da sua ausência e de acusações de negligência durante a manifestação bolsonarista, Torres foi exonerado neste domingo (8).
Prisão
A Advocacia-Geral da União (AGU), comandada por Jorge Messias, entrou neste domingo, 8, com petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para solicitar a prisão em flagrante do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Após a atuação das forças policiais no DF no episódio de invasão dos prédios dos três Poderes em Brasília.
O pedido da AGU foi apresentado dentro de inquéritos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes.
"Prisão em flagrante de todos os envolvidos nos atos criminosos decorrentes da invasão de prédios públicos federais em território nacional, inclusive do Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e demais agentes públicos responsáveis por atos e omissões, avaliando, até mesmo, a adoção de outras medidas cautelares que impeçam a prática de novos atos criminosos", escreve a AGU no documento, que endereça outros pedidos ao STF.
Anderson Torres
Após a invasão em Brasília, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, disse que determinou ao setor de operações da pasta "providências imediatas" para restabelecer a ordem em Brasília.
"Determinei ao setor de operações da SSPDF, providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília", disse, no Twitter.
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