O Piso da Enfermagem estava em análise no Supremo Tribunal Federal - STF - até às 23h59 desta sexta-feira (26/05). No entanto, o Supremo suspendeu o julgamento na última quarta (24).
De maneira resumida, a suspensão feita pelo Ministro Gilmar Mendes se debruça sobre a justificativa de obter mais tempo para analisar o texto. Apesar disso, a decisão de Barroso - que liberou os R$ 7,3 bi para o pagamento - continua em vigor.
Já o ministro Edson Fachin considera que o piso deve ser pago da mesma forma para todas as categorias - enfermeiro, técnico, auxiliar - tanto do setor público quando do privado.
Por outro lado, prefeituras alegam que o valor do Piso da Enfermagem 2023 é insuficiente. Além disso, pequenas redes de clínicas e hospitais privados não devem receber ajuda complementar do Governo Federal - o que pode ocasionar demissões.
Para os que não acompanharam, Barroso forneceu um prazo de 45 dias - até o dia 1° de julho - para empresas privadas negociarem valores. Se até a data informada acima não houver acordo, o piso salarial será pago e, por conseguinte, pode haver demissões no setor.
Além disso, o arcabouço fiscal foi aprovado pelo plenário da Câmara na última terça (23). Caso seja aprovado também pelo Senado, o Piso da Enfermagem pode não ser pago à categoria. Por isso, não é possível afirmar que os valores serão liberados a partir da próxima semana.
No dia 11 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou o PLN 5/2023 - que abre um crédito de R$ 7,3 bilhões para o Ministério da Saúde realizar o pagamento do Piso Salarial Enfermagem.
O último impasse para o pagamento do Piso era a Medida Provisória (MP) do STF - Supremo Tribunal Federal.
A MP estava em vigor desde setembro de 2022 para impedir o repasse dos valores, considerados insuficientes. No entanto, a MP foi revogada por Barroso no dia 15 de maio.
Com a decisão de Barroso, Estados, Distrito Federal e municípios, assim como as entidades privadas, devem realizar o pagamento do Piso da Enfermagem com base no limite dos recursos recebidos do Governo Federal.
No entanto, Fachin discorda da decisão do relator. Para o magistrado, o caso é de liberação plena do piso, sem limitações da liberação de dinheiro para o pagamento.
>>> STF SUSPENDEU O PISO DA ENFERMAGEM?
Ou seja, contrária à visão de Barroso, Fachin afirma que a aplicação da norma deve ser feita de forma igualitária em todos os casos de pagamento.
Por outro lado, a CNM (Confederação Nacional de Municípios) afirma que a proposta do Governo Federal para pagamento do Piso da Enfermagem é insuficiente.
Confira o que informa o Artigo 5º da nova Portaria do Ministério da Saúde.
Além disso, após o primeiro depósito dos valores, os demais pagamentos serão feitos de forma automática.
Com o PL 2564, sancionado em 2022, o piso salarial da enfermagem passou a ser fixado em R$ 4.750 mensais.
Técnicos de enfermagem recebem agora, por sua vez, R$ 3.325; auxiliares de enfermagem, R$ 2.375, e parteiras, R$ 2.375.
Com a nova forma de divisão dos recursos, todas as gestões municipais receberão um repasse mínimo da União, visando a contemplar, prioritariamente, municípios com menor poder aquisitivo.
Como foi citado, ainda restam oito votos para a medida ser referendada. Há também a possibilidade de que algum ministro peça vista no processo, o que pode paralisar a votação por até três meses.
Caso isso ocorra, a liminar de Barroso deve continuar valendo, o que pode proteger a iniciativa privada da obrigatoriedade de pagamento.
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