Após muita especulação e buscas intensas, a Guarda Costeira dos EUA confirmou que o submarino Titan, da OceanGate, implodiu, matando os cinco tripulantes do veículo.
De acordo com as autoridades, o submarino implodiu no Oceano Atlântico, a cerca de 600 km da costa do Canadá, em uma expedição turística para visitar os destroços do Titanic, que naufragou em 1912.
O porta-voz da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, afirmou os escombros encontrados no fundo do mar confirmaram as especulações de que o submarino implodiu, uma hipótese que havia sido levantada desde o domingo, quando o veículo perdeu a comunicação.
A implosão ocorre quando um objeto é destruído de fora para dentro, ou seja, quando uma força o comprime em direção ao seu centro.
O processo é oposto à explosão, que é quando forças irradiam do centro para fora do objeto, fazendo com que suas partes se separem, dirigindo-se para fora.
Na implosão do submarino ocorreu uma espécie de "esmagamento" do submersível, causado pela pressão da água, que é muito forte no fundo do mar.
Os destroços do navio Titanic se encontram a quase 4.000 m de profundidade. A pressão que a água exerce a esse nível é muito grande, pois é como se o peso de toda a coluna de água de 4.000 m de altura atuasse sobre os objetos.
Mesmo com a enorme pressão da água no fundo do Oceano, existem formas de conseguir acessar essa profundidade com segurança, ou seja, não foi necessariamente por conta da pressão que o submarino implodiu.
Com uma estrutura adequada e resistente o suficiente é possível navegar pelas profundezas do oceano e suportar a pressão da água.
Outros submarinos já fizeram expedições de sucesso até o Titanic, inclusive o mesmo submarino Titan. Em 2022, por exemplo, o produtor da série de Os Simpsons fez essa viagem no Titan e voltou em segurança.
No entanto, a viagem é considerada de risco elevado, porque pequenas falhas na estrutura podem comprometer as veículos que navegam a essa profundidade, devido à pressão da água.
A principal hipótese levantada pelas autoridades e por especialistas é justamente que o submarino implodiu devido a falhas técnicas em sua estrutura.
Pequenas deformações no casco do submarino já seriam suficientes para que sua resistência à pressão da água caísse drasticamente.
Além disso, a estrutura do submarino Titan, feita de fibra de carbono e titânio, não é considerada adequada para navegar a esse nível de profundidade, pois ainda não se sabe como a resistências desses materiais se comporta em pressões desse nível, segundo os especialistas.
Assim, com a hipótese do a implosão do submarino é sustentada pela ideia de que alguma falha técnica reduziu a resistência do casco, fazendo que o submersível não suportasse a pressão enquanto se dirigia aos destroços do Titanic.
A Marinha dos Estados Unidos informou que detectou, no domingo, um barulho semelhante a uma implosão vindo da região próxima a onde o submarino desapareceu, segundo o Wall Street Journal.
A barulho foi detectado poucas horas após o submarino iniciar a submersão em direção ao destroços do Titanic, o que aumentam as chances de que realmente sejam da implosão do submersível.
O sistema que detectou o suposto som da implosão é usado para "vigiar" os oceano, em busca de sinais de submarinos de países inimigos.
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