O submarino Titan segue comovendo grande parte do mundo acerca do que aconteceu com a embarcação e com os cinco tripulantes após o desfecho trágico anunciado pelas autoridades na última quinta-feira (22).
Para os que não acompanharam, no dia 18 de junho, o subaquático Titan desapareceu nas profundezas do Oceano Atlântico Norte, a mais de 4 mil metros abaixo da superfície, após embarcar em uma viagem exploratória aos destroços do Titanic, naufragado em abril de 1912.
Na quinta-feira (22), destroços do submarino Titan foram encontrados a cerca de 500 metros da proa do Titanic. De acordo com as declarações feitas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos (EUA), o submarino implodiu, e os tripulantes tiveram uma morte instantânea.
Dale Molé, o ex-diretor de medicina submarina da Marinha dos EUA, esclareceu, em entrevista ao DailyMail, que as mortes provavelmente foram indolores. Vale ressaltar que o submarino implodiu, porque a estrutura do submersível não resistiu à pressão externa, cerca de 400 vezes superior à encontrada ao nível do mar.
Ainda segundo o especialista, os tripulantes não devem ter tido tempo de perceber a existência do problema. A implosão ocorreu em milissegundos.
Entenda a seguir o que aconteceu com o submarino Titan e com os corpos dos tripulantes.
A Guarda Costeira dos EUA confirmou no início da tarde da quinta-feira (22) ter encontrado destroços na área de busca da embarcação.
O submarino Titan possuía cerca de 6,5 metros de comprimento e se encontra a quase 4.000 metros de profundidade no Oceano Atlântico Norte.
Vale ressaltar que o submarino desaparecido não funcionava de maneira autônoma e necessitava, portanto, do controle de uma plataforma de apoio. A base é responsável por controlar toda a viagem e evitar turbulências.
Com três telas, um botão e um banheiro improvisado, o submarino Titan possuía uma única vista direta para o oceano.
Inclusive, autoridades consideram que foi a janela panorâmica que pode ter desestabilizado a pressão no interior da cabine e causado a implosão ainda no domingo (18), durante a descida.
No entanto, não é possível confirmar, com certeza, quando o submarino implodiu.
De acordo com a Guarda Costeira, os destroços foram encontrados apenas na quinta-feira (22), perto de onde estão os restos do Titanic, por uma das sondas que fazem as buscas.
O capitão Jamie Frederick, da Guarda Costeira dos EUA, informou que boias de sonar, aeronaves e embarcações foram utilizadas em busca do submarino desaparecido.
As equipes vasculharam mais de 26 mil quilômetros quadrados de mar aberto, aproximadamente o tamanho do Líbano.
Para os que desejam saber o que é implodir, a resposta é simples: consiste em uma explosão interna.
Dentro do subaquático, os objetos teriam sido destruídos ao serem espremidos sobre si mesmos, ao contrário da explosão - quando o volume é expandido.
Ainda de acordo com o especialista Molé, uma única falha na estrutura do submersível em uma pressão tão intensa seria suficiente para que a embarcação implodisse imediatamente e os tripulantes fossem "engolidos" pelo oceano em um só instante.
Apesar da insistência dos familiares, os corpos dos tripulantes não foram encontrados até o presente momento. Isso porque, em uma pressão tão intensa, é provável que os corpos tenham se desintegrado.
Por conta disso, as autoridades da Guarda Costeira norte-americana não têm perspectivas para encontrar os restos mortais dos tripulantes.
Veja quem estava a bordo:
Entre os passageiros do Titan, estava Hamish Harding (58) - um empresário da aviação, piloto de aeronaves e aventureiro.
Hamish contou à Business Aviation Magazine em 2022 que se qualificou como piloto na década de 1980 e abriu sua empresa de aeronaves depois de ganhar dinheiro com software bancário.
O bilionário possuía uma concessionária de jatos particulares em Dubai e já chegou a visitar o Pólo Sul algumas vezes. Além disso, o explorador também voou para o espaço em 2022 pela Blue Origin.
Ele detinha três recordes do Guinness Book, o que inclui o maior tempo gasto em profundidade total do oceano na parte mais funda da Fossa das Marianas.
Um dos empresários de uma das famílias mais ricas do Paquistão, o britânico Shahzada Dawood (48) decidiu fazer parte da tripulação do submarino com o filho, Suleman, de 19 anos.
Shahzada era vice-presidente da Engro Corporation, uma empresa de fertilizantes. Em comunicado, a família Dawood informou disse que Shahzada estava interessado em "explorar diferentes habitats naturais".
O executivo-chefe da OceanGate - a própria empresa que administra a viagem do submarino Titan - estava a bordo. Stockton Rush (61), fundou a empresa em 2009.
A OceanGate oferece viagens em alto mar e, por oferecendo aos clientes a chance de experimentar US$ 250.000 (R$ 1,2 milhão), a empresa oferece a oportunidade de chegar perto dos restos do navio Titanic.
O "senhor-Titanic", Paul-Henry Nargeolet (77), já passou bastante tempo perto dos destroços do Titanic e fez parte, inclusive, da primeira expedição de visita ao navio, em 1987.
Nargeolet era diretor de pesquisa em uma empresa que detém os direitos sobre os restos do Titanic.
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