Na Índia, surgiram especulações na terça-feira (5) de que as autoridades estavam considerando oficialmente abandonar o uso do termo inglês "Índia" em favor de "Bharat" ao convidar os líderes do G20.
No próximo fim de semana, Nova Délhi será o local de hospedagem de uma cúpula do G20, e os convites anunciavam um jantar de Estado oferecido pelo "presidente de Bharat", Droupadi Murmu.
"Bharat" é um dos nomes oficiais do país conforme estabelecido na Constituição indiana e possui raízes antigas nos textos hindus escritos em sânscrito.
O primeiro-ministro, Narendra Modi, é conhecido por preferir este termo, e membros de seu partido, o BJP (Partido do Povo Indiano), frequentemente criticam a designação "Índia" que foi imposta durante o período colonial britânico.
Segundo relatos da rede de televisão News18, fontes governamentais anônimas sugeriram que os legisladores do BJP poderiam propor uma resolução para promover o uso oficial de "Bharat".
Há décadas, os governos indianos têm se esforçado para apagar vestígios do domínio colonial britânico, incluindo a renomeação de ruas e cidades.
Além disso, o governo de Modi tomou medidas para remover nomes islâmicos de locais que datam do Império Mongol, que precedeu a colonização britânica.
Essas medidas têm gerado controvérsia, com algumas partes da população acusando o governo de tentar promover a supremacia da religião hindu, que é majoritária no país.