Na qualidade de presidente do Conselho de Segurança da ONU, o governo brasileiro propôs um novo acordo de cessar-fogo para abordar a situação entre Israel e a Palestina. Essa iniciativa surgiu em resposta à recusa dos países ocidentais em aceitar a proposta russa.
A iniciativa brasileira sugere a criação de um corredor humanitário na região da Faixa de Gaza e solicita a definição de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas para que os civis sejam atendidos em Gaza. Região que já vive uma crise humanitária a anos, Gaza sofre com um aumento na repressão israelense, através do bloqueio de alimentos, remédios, água e energia.
A proposta russa também contemplava a criação de um corredor humanitário para resgatar e auxiliar civis. No entanto, o texto não foi aceito por países ocidentais como Reino Unido e Estados Unidos, pois não era citado ou condenado as atuações do Hamas, grupo palestino que atacou Israel e levou reféns do local.
Como a Rússia não aceitou abrir negociação sobre os termos do acordo, o Conselho de Segurança ficou em um impasse sobre a situação. Para garantir que houvesse alguma conclusão no debate, o Brasil formulou um texto próprio para focar na população civil ao mesmo tempo que atendia aos interesses das potências ocidentais, maioria no Conselho.
A previsão é que o texto seja submetido a votação na próxima segunda-feira, dia 16. O plano liderado pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, tem como objetivo permitir que a ONU e o Conselho de Segurança desempenhem um papel central na busca por uma solução conciliatória entre Israel e o Hamas. Vieira argumenta que a falta de ação efetiva nesse conflito poderia prejudicar a credibilidade das organizações internacionais.