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Reunião do Mercosul hoje (07) terá influência de crise entre Venezuela e Argentina e futura posse de Milei

Reunião do Mercosul nesta quinta (07) não trará diretamente em pauta a crise da Venezuela com a Guiana nem a posse de Javier Milei como presidente da Argentina, mas temas devem gerar tensões no encontro

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Cynara Maíra

Publicado em 07/12/2023 às 9:48
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Nesta quinta-feira (07), ocorre a 63ª edição da cúpula de chefes de Estado dos países do Mercosul, presidida pelo presidente Lula (PT) no Rio de Janeiro. O propósito do evento é realizar a transição da liderança do bloco para o Paraguai, assinar um acordo de livre-comércio com Singapura e oficializar a adesão da Bolívia ao grupo.

Entretanto, o contexto da reunião será influenciado pelos recentes acontecimentos, como a crise entre Venezuela e Guiana e a iminente posse de Javier Milei como presidente da Argentina.

Crise entre Venezuela e Guiana e posse de Milei aumentam tensões na reunião do Mercosul

Embora não estejam oficialmente na pauta da reunião, é provável que a situação da crise entre Venezuela e Guiana, aliada à mudança de cenário político na Argentina, impacte as discussões entre os líderes do Mercosul.

A decisão da Venezuela de anexar a região rica em petróleo de Essequibo, território da Guiana, complica as chances de o país retornar ao bloco econômico, já que está suspenso do Mercosul desde 2017. Apesar dos esforços de Lula para suspender a punição à Venezuela, o conflito torna essa alteração mais improvável.

Em relação mais direta com os atuais membros do Mercosul, a proximidade da posse de Milei, marcada para o próximo domingo (10), pode intensificar as tensões dentro do bloco.

Isso se deve ao fato de o novo presidente argentino ser crítico da atuação do Mercosul e manter relações tensas com Lula. Milei, que derrotou Sergio Massa, apoiado por Lula, já fez críticas ao líder brasileiro, chamando-o de "corrupto" e "comunista".

Apesar das tensões, Milei expressou apoio à conclusão de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), tema a ser discutido na reunião desta quinta.

Entretanto, diante da transição da presidência do Mercosul para o Paraguai, do processo de integração da Bolívia ao bloco e da assinatura do acordo de livre-comércio com Singapura, além das complexidades das atualidades na América Latina, é improvável que ocorram avanços significativos em relação ao acordo com a UE.

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