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Lula cita tragédias brasileiras para cobrar ações de países mais ricos na COP 28

Lula discursou na abertura da COP 28 e relatou casos de problemas climáticos no Brasil para argumentar de que as ações globais precisam ser agilizadas

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Cynara Maíra

Publicado em 01/12/2023 às 8:11 | Atualizado em 01/12/2023 às 8:15
Lula discursou na abertura da COP 28 e relatou casos de problemas climáticos no Brasil para argumentar de que as ações globais precisam ser agilizadas - AGÊNCIA BRASIL

Lula (PT) foi um dos líderes mundiais a discursar durante a abertura da COP 28, em Dubai, Emirados Árabes, nesta sexta-feira (01).

O presidente brasileiro utilizou exemplos de tragédias climáticas no Brasil para apontar que o "planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos, de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas, de discursos vazios". 

Ao inverter o padrão típico do evento, que normalmente aponta a responsabilidade aos brasileiros, Lula atacou o descumprimento de acordos climáticos por parte dos países mais ricos e citou a guerra como mais um dos problemas na crise do clima. 

Lula denuncia descumprimento de acordos climáticos entre países

Lula provocou uma inversão de perspectiva em relação ao desmatamento durante a COP 28. Ao invés de focar exclusivamente no Brasil, ele culpou os países mais ricos pela intensificação da crise climática.

O presidente brasileiro destacou o descumprimento de acordos climáticos por potências globais, contrastando isso com os gastos de US$ 2,2 trilhões em armamentos ao redor do mundo.

Ao concentrar-se na temática da guerra, Lula questionou a quantidade de carbono emitida por mísseis de guerra. Durante os conflitos entre Israel e o Hamas, ele criticou diretamente a ONU pela incapacidade de manter a paz na região, sugerindo que a guerra no Oriente Médio beneficia alguns membros da organização.

Em relação ao Brasil, Lula expressou preocupação com a lentidão no processo de descarbonização global e propôs a necessidade de uma "economia menos dependente de combustíveis fósseis".

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Quanto às consequências dos chamados "discursos vazios" sobre a crise climática, Lula destacou que 2023 já é o ano mais quente em 125 mil anos, utilizando casos brasileiros como evidência da gravidade da situação climática.

O presidente apontou as tempestades no Sul, a seca no Norte e as ondas de calor ocorridas nas semanas anteriores como exemplos dos efeitos climáticos apresentados neste ano. 

Veja fala de Lula na abertura da COP 28

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