Aproximando-se do primeiro aniversário dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) está implementando um sistema de segurança mais robusto e resistente a invasões, que visa evitar ataques semelhantes aos ocorridos em 2023. Para essa iniciativa, está previsto um investimento aproximado de R$ 5,3 milhões em aprimoramentos na segurança do edifício do STF.
STF vai aumentar segurança do prédio durante recesso judiciário após atos do 8 de janeiro
De acordo com informações apresentadas por Carolina Brígido no Uol, o STF planeja alocar aproximadamente R$ 5,3 milhões em melhorias nos dispositivos de segurança do prédio. Esta medida, expressa por meio de uma licitação iniciada em novembro, coincide com o aniversário dos eventos de 8 de janeiro, quando manifestantes atacaram a Esplanada dos Ministérios, especialmente a sede do STF, em protesto contra a derrota eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022.
A licitação contempla aprimoramentos em cinco aspectos do edifício do STF, sendo que a intervenção de maior orçamento envolve alterações no sistema de detecção, alarme e combate a incêndios, podendo atingir um custo de contratação de até R$ 3.773.680,08. O valor é estimado, uma vez que o processo de seleção de empresas ainda está em andamento.
Sem um limite de valor específico, a licitação também prevê a aquisição de dois cofres digitais destinados ao armazenamento de armas no interior do tribunal, com a especificação de buscar o item que apresente o menor preço.
O orçamento indica ainda a destinação de até R$ 36.367,98 para a obtenção de tecnologias de realidade virtual, utilizadas em simulações de tiro com armas leves. Além disso, está previsto um gasto de R$ 1.007.685,04 na aquisição de uniformes sociais e funcionais para membros da Polícia Judicial, incluindo bonés, botas e distintivos, bem como itens de roupa social, como paletós, meia-calça feminina, gravatas, entre outros.
O último item da licitação refere-se à contratação de serviços de manutenção preventiva e conserto dos equipamentos de raios X e detectores de metais. Os custos associados a essa medida podem atingir até R$ 363.181,45, considerando que essa aquisição de serviço já ocorre periodicamente no STF.
Esta ação não representa a primeira mobilização do Supremo para reforçar a segurança desde os eventos de 8 de janeiro. Ao longo do ano, a Corte tem se dedicado a aprimorar a proteção do edifício e de seus ministros, especialmente diante do aumento da hostilidade contra o grupo de ministros do STF, ocorrido com maior frequência após o governo Bolsonaro se opor às decisões do Poder Judiciário.