Minha Casa Minha Vida faixa 3 passa a exigir entrada maior para imóveis usados
Regras do Minha Casa, Minha Vida para faixa 3 mudam: entrada sobe para até 50% e valor máximo do imóvel cai para R$ 270 mil para imóveis usados.
O programa Minha Casa, Minha Vida anunciou mudanças significativas nas regras de financiamento para imóveis usados destinados às famílias da Faixa 3, que possuem renda entre R$ 4.400 e R$ 8.000.
As novas diretrizes foram publicadas no Diário Oficial da União na terça-feira (6) e têm como objetivo controlar o aumento dos financiamentos de imóveis usados, que cresceu substancialmente durante o mandato atual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Novas regras para financiamento de imóveis usados
As alterações afetam exclusivamente o financiamento de imóveis usados para a Faixa 3 e incluem:
- Aumento da entrada: A entrada exigida passou de 25% a 30% para 50% do valor do imóvel nas regiões Sul e Sudeste. Nas demais regiões, a entrada aumentou de 20% para 30%, reduzindo o teto do financiamento de 80% para 70% do valor total do imóvel.
- Redução do valor máximo do imóvel: O valor máximo dos imóveis financiados foi reduzido de R$ 350 mil para R$ 270 mil, medida que se aplica em todo o país.
Essas mudanças seguem um ajuste realizado em abril deste ano, que já havia aumentado a exigência de entrada para imóveis usados nas regiões Sul e Sudeste.
Impacto das novas regras
O aumento na exigência de entrada e a redução no valor máximo dos imóveis financiados visam conter o crescimento do financiamento de imóveis usados, que tem representado uma parcela crescente dos contratos do Minha Casa, Minha Vida.
Em 2023, imóveis usados foram responsáveis por mais de 30% dos 600 mil contratos previstos para este ano, um aumento significativo em relação aos 25% registrados em 2023 e aos 14,3% em 2022.
Enquanto os imóveis usados são frequentemente mais baratos e acessíveis para a população de baixa renda, o governo busca garantir que o programa continue a atender suas metas originais, promovendo também a compra de imóveis novos, que geram mais empregos e movimentam a economia.
Minha Casa Minha Vida: Lula vai mudar o programa?
Meta e expectativas
O Minha Casa, Minha Vida está projetado para fechar o ano com cerca de 600 mil financiamentos, incluindo imóveis novos e usados.
A meta do governo é contratar 2 milhões de unidades habitacionais nos quatro anos de mandato. Com 860 mil novos contratos já assinados nos primeiros 18 meses, o programa está a caminho de superar essa meta antes do prazo estabelecido.
Essas medidas refletem o esforço do governo em ajustar o programa para melhor atender às necessidades habitacionais do país, preservando a sustentabilidade financeira e a efetividade das políticas públicas de habitação.