O estado de Pernambuco está tentando obter ventiladores pulmonares para os pacientes internados por causa do novo coronavírus (Covid-19). Os leitos das unidades de terapia intensiva (UTIs) estão quase totalmente ocupados e o desafio tem sido obter os aparelhos para continuar oferecendo cuidados hospitalares para os casos mais graves da doença.
De acordo com o secretário de saúde, André Longo, respirador é o aparelho que mais está em falta. “Temos leitos projetados (locais onde possam ser implementados), mas precisamos de equipamentos, que podem permitir que a gente chegue a 100 vagas no Hospital Alfa (em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife) e a 40 leitos na Maternidade Brites de Albuquerque (em Olinda) nos próximos dias. Mas dependemos fortemente da aquisição de equipamentos neste momento”, explicou durante uma coletiva online nessa terça-feira (21).
Ainda segundo o secretário, a distribuição dos respiradores adquiridos é um dos maiores desafios: “Compramos cem respiradores a uma empresa que também fornece (o mesmo equipamento) ao Ministério da Saúde. Estamos em contato com o ministro para que ele possa liberar esses ventiladores. A empresa diz que não nos entrega porque tem que priorizar as solicitações do Ministério da Saúde. Entendemos que esse esforço pode ser reconhecido pelo ministério liberando os cem respiradores para Pernambuco”.
Longo informou que espera colocar mais cem leitos de UTI em operação, chegando a 400 vagas de terapia intensiva em operação até o fim deste mês. Porém, a implementação dos leitos dependerá da chegada dos cem respiradores e de outros que foram comprados da China. “Esses poderiam ainda vir a somar ao esforço ampliando a nossa capacidade de leito e de terapia intensiva para mais de 650 vagas”, conclui André Longo.
No último fim de semana, o Ministério da Saúde enviou 20 respiradores para Pernambuco, colocados em uso no domingo (19). “Há uma expectativa nossa que amanhã ou sexta, mais dez kits estejam completos em São Paulo, e existe um compromisso do governador Paulo Câmara, já assumido com a empresa fornecedora, de se enviar um avião para pegar estes kits. O nosso compromisso é colocá-los em atividade o mais rápido possível”, completou André Longo.