Nesta terça-feira (08), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco,comentou a respeito das manchas de óleo que vem afetando o litoral do nordeste. Após sair de audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, o presidente afirmou que análises laboratoriais confirmaram que a substância presente no óleo não se origina da empresa petrolífera.
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De acordo com Castello Branco, 655 profissionais e equipamentos foram disponibilizados para ajudar o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em tentativa de diminuir os danos. Entretanto o presidente afirma que o material não pertence Petrobrás “Nossos laboratórios analisaram 23 amostrar e, em nenhuma delas, pode-se afirmar tratar-se de óleo produzido ou comercializado pela Petrobras”, comentou.
No decorrer da semana, foram recolhidas 133 toneladas de resíduos contaminados pelas manchas de óleo, em diversas praias do nordeste atingidas. Para auxiliar na limpeza, alguns agente comunitários e moradores das zonas afetadas foram contratados pela petrolífera.
Segundo o presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco o fenômeno é preocupante.“Até agora, é um fenômeno muito estranho. Não há sinais de que esteja retrocedendo. É um desastre realmente muito preocupante para todos nós”, completa.
Bolsonaro fala em crime
As manchas de óleo que atingiram o litoral de todos os estados do Nordeste, trouxeram com si, dúvidas na população sobre a origem dessa substância. O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou nesta terça-feira (08) e falou que as manchas que afetam o nordeste desde o mês passado, podem ter sido despejadas “criminosamente”.
“É um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que tivesse afundado estaria saindo ainda óleo. Parece que criminosamente algo foi despejado lá”, comentou o presidente ao sair do Palácio da Alvorada, após reunião com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales.