PE foi o estado que mais reduziu número de feminicídios

No Estado, os CVLIs contra mulheres diminuíram 18,2% em relação a 2018
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 16/01/2020 às 19:53
Projeto prevê que profisisonais de saúde comuniquem à polícia casos de violência contra a mulher Foto: Marcos Santos/USP


O estado de Pernambuco foi o que mais teve redução no número de feminicídios considerando os números de 2018 e 2019, de acordo com dados da Secretaria de Defesa Social (SDS). No Estado, os crimes violentos letais intencionais (CVLIs) contra mulheres diminuíram 18,2% em relação a 2018. O número caiu de 242 para 198. Deste total, os feminicídios caíram 23%.

Em 2019, foram 57 mulheres assassinadas por questões de gênero, 17 a menos do que no ano anterior. Em Caruaru, no Agreste, também houve redução de 11% de mortes violentas contra a mulher. Foram nove mortes em 2018, contra oito em 2019.

De acordo com a delegada da Mulher Jimena Gouveira, a forma mais eficaz de combater o feminicídio é a denúncia da violência. "A violência doméstica e familiar é combatida dia a dia com denúncia, seja ela pela própria vítima ou através dos programas de denúncia, como o Disque Denúncia local, (81) 3719.4545"

Além disto, a medida protetiva é uma das principais formas de combater o número de agressões e mortes precoces de mulheres que sofrem qualquer tipo de violência: "A mulher, quando vem espontaneamente, registra um boletim de ocorrência e uma das coisas que é fundamental para garantir a seguranaça dela enquanto aquele procedimento está em trâmite é o requerimento das medidas protetivas. Essa cautelar vai garantir que o agressor se afaste dela. Se estiver morando com ela ainda, ele vai ser retirado de dentro de casa".

De acordo com Natália Oliveira, membro da comissão de Direitos Humanos da OAB Caruaru, algo que poderia melhorar os números seria a disponibilidade de casas de acolhimento no município: "Muitas vezes a gente vê que ela vai, denuncia, mas volta para casa e é em casa onde o agressor provavelmente vai estar. Então a partir do momento que ela pode se acolher no lugar e ficar longe, receber cursos de profissionalização para que ela possa se empoderar, tomar conta da própria vida e conseguir sair dessa prisão, porque o ciclo da violência é uma prisão".

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