Pernambuco amplia testes para detectar o novo coronavírus

Será possibilitada a realização de exames nos profissionais de Saúde
Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Publicado em 31/03/2020 às 12:59
No Brasil, três casos suspeitos do coronavírus estão sendo acompanhados Foto: Wellington Lima/TV Jornal


O Governo de Pernambuco anunciou nesta terça-feira (31) que a capacidade de testagem para o novo coronavírus no Estado será ampliada. Devido a isso, será possibilitada a realização de exames nos profissionais de Saúde que estão trabalhando com os pacientes suspeitos e confirmados para a doença.

A parceria entre a Secretaria de Saúde do estado e o Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz/PE), pode fazer a capacidade atual sair de 770 para 2.170 exames por semana.

“Estamos tendo a oportunidade de ampliar a parceria com o Instituto Aggeu Magalhães, que anteriormente já se dava no âmbito das pesquisas na área de saúde. Atualmente, a Secretaria Estadual de Saúde tem a capacidade de realizar em média 770 testes do Coronavírus por semana, a partir dessa cooperação a gente vai poder triplicar o público que está testando”, explicou a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Luciana Albuquerque.

Os testes serão os mesmos já realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE). Os kits de testes serão os encaminhados pelo Ministério da Saúde.

A vice-diretora de pesquisa da Fiocruz-PE, Constância Ayres, afirmou que o Instituto fará pesquisas com o objetivo de identificar medicamentos para tratar os pacientes. “Iremos começar a testar produtos potencialmente antivirais, para termos uma possibilidade de tratamento e medicação dos pacientes mais graves. Além disso, também faremos toda parte epidemiológica.”

O secretário André Longo disse que os kits de testagem rápida do Ministério da Saúde (MS) não devem chegar esta semana, porque o órgão federal precisa fazer testes para verificar a eficácia do insumo. "Se eu tenho um teste que não é de confiança e ele dá um falso negativo, poderá gerar um grande fator de confusão entre toda a comunidade, dando uma falsa sensação de permissividade aquele indivíduo que foi testado. Isso poderá atrapalhar nas medidas de controle", explica o secretário.

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