A seção europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou aos governos que tomem medidas para limitar o consumo de bebida alcoólica durante o período de isolamento social por causa do novo coronavírus (covid-19).
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A justificativa do órgão é que o álcool compromete a imunidade e o consumo excessivo pode prejudicar a saúde física e mental da população, além de contribuir para o aumento da violência doméstica e comportamentos de risco durante o período de quarentena.
Segundo a OMS, o consumo excessivo eleva os riscos de doenças em geral e é responsável por 3 milhões de mortes por ano no mundo. Um terço delas ocorre no continente europeu.
A OMS negou ainda que bebidas alcoólicas protejam contra o coronavírus. "As pessoas deveriam minimizar o consumo de álcool em qualquer período, e particularmente durante a pandemia de Covid-19", diz um comunicado do órgão.
Há duas semanas, o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, chegou a indicar 40 a 50 ml de vodka por dia para supostamente se prevenir contra a doença. No início de março, 27 pessoas morreram na província de Khuzestán, no Irã, após ingerir álcool adulterado achando que se curariam da covid-19.
Desinformação
O comunicado da OMS diz que o medo e a desinformação geraram "um mito perigoso" de que as bebidas com alto teor alcoólico matem o coronavírus. "Não matam", diz o texto.
A OMS acredita que regras já existentes nos países, como a restrição do acesso ao álcool, deveriam ser reforçadas durante o período da pandemia. Os governos também deveriam incrementar os serviços ligados ao abuso de álcool e drogas.