Araripina e Ouricuri, no Sertão de Pernambuco, terão que fechar o comércio novamente

Governo de Pernambuco determinou quarentena mais rígida nos dois municípios
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 04/08/2020 às 16:56
Coletiva de imprensa do Governo de Pernambuco nesta terça-feira (4) Foto: Reprodução/YouTube


As cidades de Araripina e Ouricuri, localizadas no Sertão de Pernambuco, terão que fechar o comércio novamente. As cidades regridem no Plano de Convivência com a Covid-19, voltando para a segunda etapa do plano. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (4) pelo Governo do Estado, em coletiva de imprensa online.

O isolamento mais rígido começa a partir da próxima sexta-feira (7) e segue até 16 de agosto. Desta forma, só funcionam as atividades essenciais nos municípios.

O secretário estadual de Saúde, André Longo, informou que o Sertão do Araripe lidera o número de casos da covid-19 na região. Na semana passada, das 134 ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) da 4ª Macrorregião de Saúde, 60% estavam na 9ª Geres, que inclui as duas cidades.

Segundo o secretário, houve aumento na solicitação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para casos suspeitos e confirmados da doença na 4ª Macrorregião.

"Quando anunciamos nosso Plano de Convivência com a Covid-19, sempre deixamos claro que o comportamento da sociedade seria determinante para a ativação de cada novo passo, sempre ressaltamos que para salvar vidas daríamos passos para trás", destacou Longo.

O secretário informou que 10 leitos foram abertos nessa segunda (3) no Hospital Santa Maria, em Araripina. Atualmente, as duas cidades têm 82 leitos dedicados à covid-19, sendo 20 de UTI. André Longo afirmou ainda que oito leitos de enfermaria serão transformados em leitos de UTI no Hospital Regional de Ouricuri.

Semelhante às outras cidades

A quarentena mais rígida será da mesma forma da que ocorreu em cinco municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR), em maio, e nas cidades de Caruaru e Bezerros, no Agreste do Estado, em junho.

Com relação ao restante do Estado, o secretário informou que os números apresentam estabilidade e tendência de queda. A ocupação média dos leitos da rede pública de saúde está em 67%.

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