Uma reunião extraordinária foi realizada na manhã desta quarta-feira (16) com 10 dos 11 vereadores de Agrestina, no Agreste pernambucano, para definir o futuro da gestão municipal após a prisão do prefeito, Thiago Nunes, e do vice-prefeito, Zito da Barra na última quinta-feira (10).
O presidente da câmara, Adilson Tavares, conhecido como Gordo de Zelito, declarou os cargos dos gestores vagos e marcou a sua própria posse como prefeito interino para a próxima sexta-feira, (18). Além disso, deve ser apresentada a nova formação da câmara.
Para assumir a prefeitura, Gordo de Zelito teve que abdicar da candidatura de vereador nas eleições de novembro, uma vez que não há tempo hábil para reverter a decisão judicial até o dia da convenção partidária.
Segundo o assessor de comunicação da prefeitura os serviços básicos e todo atendimento ao público estão mantidos pelas secretarias.
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De acordo com o TRF, a prisão preventiva do prefeito e do vice teve como fundamento "a garantia da ordem pública e da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal". Além do prefeito, do vice e do secretário, dois empresários foram presos. A organização criminosa investigada seria composta por servidores públicos, empresários e particulares, especializada na contratação de empresas de fachada com verbas federais, mediante frustração da competitividade do processo licitatório.
Durante a operação, foram apreendidos R$ 110 mil em espécie e R$ 100 mil em cheques, além de vários veículos, entre eles uma BMW avaliada em R$ 400 mil. Segundo a Polícia Federal, estão sendo investigados os crimes de de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os presos foram levados para a Penitenciária Juiz Plácido de Souza e para a Colônia Penal Feminina.