Outubro Rosa: Conheça a história de Maria e de Marly, que superaram o câncer de mama

Elas passaram pelo tratamento e contam história de vitórias
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 24/10/2020 às 13:36
Maria José contou com o apoio da família durante o tratamento Foto: Reprodução/TV Jornal Interior


Cerca de 95% das mulheres que têm câncer de mama conseguem se curar após o tratamento. Foi o caso da dona de casa Maria José Pereira, que descobriu um tumor em 2012. O tumor estava do tamanho de um limão e ela foi submetida a uma mastectomia, que é a cirurgia para tirar a mama comprometida pela doença. Em seguida, passou por quimioterapia e radioterapia; no total, foi um ano de tratamento.

Após oito anos, ela continua tomando algumas medicações, mas está muito bem. "Na hora que você sabe que tem um câncer, o impacto é muito grande. Você chora, se aperreia, mas você tem que agir. Não pode baixar a cabeça e ficar tendo pena de você mesma, tem que levantar a cabeça e seguir em frente", disse a dona de casa. Para ela, a fé em Deus e família contribuíram bastante no tratamento.

O marido dela, o comerciante Péricles Ranes, esteve perto em todos os momentos: "Fui dando força, porque o fator primordial de uma doença dessa é a família. Se a família não der apoio, a pessoa pode entrar em depressão e é pior para todo mundo. O amor é o principal, se não tiver amor, vai tudo por água abaixo".

Cura e esperança

A costureira Marly Bezerra passou por um processo parecido. Ela foi diagnosticada um ano depois de ver a mãe passar pelo tratamento. "Foi um desastre na minha vida, naquele momento eu pensava que ia morrer, só pensava na minha filha adolescente, que ia deixar ela. É um choque muito grande para a gente", relembrou.

Marly passou pelo tratamento e continuou sendo acompanhada. Quatro anos depois, começou a sentir dores e perceber a barriga aumentada. Ela pensava que o câncer havia voltado, mas ao realizar exames, descobriu que teria outra filha, aos 43 anos. "O susto foi grande, não sabia se eu chorava ou se ria", disse. A gravidez já estava avançada e a caçula nasceu pouco depois, renovando a esperança da família em dias melhores.

Para o oncologista Sélem Brandão, o acolhimento e a atenção devem ser primordiais durante o tratamento, e o acompanhamento deve ser contínuo: "Se o paciente ficar cinco anos em acompanhamento sem evidência de doença, na grande maioria dos casos esse tumor não vai recidivar [voltar], mas isso não é algo definitivo. Por isso se mantém o controle, acompanhamento, a solicitação de exames de imagem e avaliação clínica e ambulatorial, de consultório", explicou.

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