O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação fechou 2020 em 4,52%, percentual acima do centro da meta para o ano, que é de 4%. Essa é a maior alta desde 2016, quando ficou em 6,29%. Em dezembro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou com alta de 1,35%, que é a variação mais intensa desde fevereiro de 2003, quando tinha sido de 1,57%. É também a maior variação para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%).
O percentual se deve em parte a alta de 14,09% nos preços de alimentos e bebidas. Segundo o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, o crescimento, que é o maior desde 2002 (19,47%), foi provocado pela demanda por esses produtos, a alta do dólar e dos preços das commodities no mercado internacional.
Entre os alimentos que registraram maior aumento no preço estão o óleo de soja com 103,79% e o arroz com 76,01%. Outros itens da cesta básica também ficaram mais caros, entre eles, o leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), carnes (17,97%), batata-inglesa (67,27%) e tomate (52,76%).
A habitação, com 5,25% foi um dos fatores que contribuiu para o comportamento da inflação, tendo em vista o aumento da energia elétrica (9,14%). A influência do dólar sobre o preço dos artigos de residência, como eletrodomésticos e eletrônicos provocou impacto no bolso do consumidor. De acordo com o IBGE, alimentação e bebidas, habitação e artigos de residência, são responsáveis por quase 84% da inflação de 2020.
O grupo dos transportes teve o segundo maior peso na alta do indicador, encerrando 2020 com alta de 1,03%. O preço da gasolina foi decisivo, com quedas, em abril e maio seguido de seis altas consecutivas entre junho e dezembro. As passagens aéreas também tiveram uma queda de 17,15% no acumulado do ano.
O vestuário foi o único grupo a apresentar variação negativa (-1,13%) explicada pelo isolamento social, que pode ter diminuído a busca por roupas. A única exceção foram joias e bijuterias (15,48%), que tiveram aumento por causa da alta do ouro.
Na educação, a alta foi de 0,48% em dezembro. O maior impacto veio dos cursos regulares (0,55%), devido a coleta extraordinária de preços. A educação de jovens e adultos sofreu a maior variação (3,83%).
A alta dos preços foi generalizada em todas as 16 localidades pesquisadas pelo IBGE. A maior variação do ano foi em Campo Grande (6,85%). O menor índice ficou com Brasília (3,40%).
O IPCA mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos. A coleta para o cálculo do indicador é feita em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e internet, entre os dias 1º e 30 do mês de referência.
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