Os caminhoneiros planejam uma nova paralisação, semelhante a que ocorreu em 2018. A greve está prevista para começar a partir desta segunda-feira (1°). A categoria reivindica, principalmente, melhores condições de trabalho e protesta contra o aumento do preço do combustível. Ainda não se sabe de que forma a greve vai ocorrer e qual proporção terá, visto que são várias as entidades que representam a categoria.
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A decisão pela greve foi tomada no dia 15 de dezembro de 2020, em assembleia geral extraordinária do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). O conselho reúne 40 mil caminhoneiros em São Paulo e tem afiliados em outros estados.
Em 2018, o grupo realizou uma paralisação que durou dez dias, afetando o sistema de distribuição em todo o país que causou uma falta generalizada de combustível. Dessa vez, segundo Plínio Dias, presidente do CNTRC, a situação é pior do que naquele ano.
Na semana passada o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um apelo aos motoristas para que adiassem a greve. Segundo ele, o governo estuda alternativas para reduzir o PIS/Cofins e o preço do diesel. Durante a candidatura do presidente os caminhoneiros apoiaram a campanha de Bolsonaro.
A categoria diz que as reinvindicações de 2018 não vingaram e as reclamações continuam. Plínio Dias estima que até 80% dos caminhoneiros poderão aderir à mobilização. A orientação é que as pistas não sejam totalmente interditadas e que ônibus, caminhões com insumos hospitalares e transporte de pacientes tenham livre acesso.
"Se os caminhoneiros tivessem sido atendidos antes de segunda-feira, não haveria paralisação. (...) É prazo indeterminado até o governo chamar, o senhor presidente Bolsonaro, chamar o conselho e também juntamente com a categoria, para a gente fazer uma reunião aberta, para decidir o que vai acontecer com a nossa pauta. Da maneira que está, ninguém vai trabalhar, não", afirmou.
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