Maia diz que ACM Neto entregou a cabeça do DEM "na bandeja" ao Planalto

Ex-presidente da Câmara procura outro partido e vê o DEM como apoio de Bolsonaro para 2022
Laís Milena
Publicado em 08/02/2021 às 16:14
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem sintomas brandos da covid-19 e trata-se em casa Foto: Marcelo Camargo/ JC Imagem


O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou o presidente do DEM e ex-prefeito de Salvador (BA), Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, após o candidato Arthur Lira (PP-AL), ser eleito presidente da Casa. Maia também demostrou descontentamento com o seu partido e chegou a falar em traição.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira (8), o deputado disse que o partido Democratas foi para a "extrema-direita". Ele afirmou, ainda, ter demorado a perceber que tinha sido "traído" por quem considerou ser um amigo de 20 anos.

A Comissão Executiva Nacional do DEM decidiu se manter neutro na eleição para o comando da Câmara, enquanto Maia apoiava o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), derrotado por Arthur Lira (PP-AL), candidato de Jair Bolsonaro (Sem partido).

"Combinei tudo com o presidente e o líder do partido. Até meu discurso de formação do bloco, um discurso duro, enviei para o Neto e ele concordou, disse que estava espetacular. Mesmo a gente tendo feito o movimento que interessava ao candidato dele no Senado (Rodrigo Pacheco), ele entregou a nossa cabeça numa bandeja para o Palácio do Planalto", declarou Maia.

Futuro do DEM

Segundo Maia, o DEM pode se tornar o partido de Bolsonaro para a disputa da reeleição em 2022. Com isso, de acordo com o deputado, a legenda afasta a chance de apoio a possíveis adversários de Bolsonaro na eleição presidencial de 2022, como o apresentador Luciano Huck. 

Sem detalhes, Maia disse que vai se filiar a um partido que será de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Deste partido, eu não tenho mais como participar porque não acredito que esse governo tenha um projeto, primeiro, democrático e, segundo, de país", defendeu.

* Com informações do JC Online

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