A casa onde o menino de 11 anos era mantido dentro de um barril, em Campinas (SP), tinha fartura de comida, ventiladores e condições adequadas para o desenvolvimento de uma criança, apesar dele ter sido vítima de maus-tratos e privação. É o que aponta o laudo da perícia feita pelo Instituto de Criminalística.
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A perícia foi realizada em 30 de janeiro, quando o caso foi descoberto pela Polícia Militar. A casa ainda não havia sido revirada por vizinhos indignados com o caso. Segundo o relatório, a residência era espaçosa, apesar de simples. Com sala, cozinha, banheiro, dois quartos e garagem, ventiladores estavam espalhados em todos os cômodos.
Um dos quartos tinha uma beliche e colchões. Na sala, brinquedos, uma TV, um videogame, roupas infantis e pacotes de fralda. Na cozinha, uma cafeteira de cápsulas, batedeiras, micro-ondas, fogão e panelas. Os armários estavam com grande quantidade de alimentos. Segundo os peritos, a geladeira estava tão cheia que até a circulação de ar poderia ser prejudicada.
Do lado externo da casa, um corredor levava ao local onde o tambor estava. Foi colocada uma manta ao redor, para evitar que os vizinhos não vissem o garoto. O tonel ficava em uma área externa, sem cobertura na parte de cima. Dentro dele foram encontradas uma colher de plástico, uma casca de banana apodrecida e fezes.
A Polícia Civil confirmou a suspeita de que o menino era alimentado ali mesmo, e não saia do barril nem para fazer necessidades. Além disso, os peritos também acharam um parafuso no fundo do tambor. Ele era usado para fixar a corrente que prendia a criança com um cadeado.
O resultado da perícia ajudou a polícia a entender alguns pontos do caso, no entanto algumas dúvidas ainda precisam ser esclarecidas, como o paradeiro da mãe biológica. Foram feitas buscas em fóruns, internet, hospitais, cemitérios, mas sem nenhuma confirmação da localização da mulher que abandonou a criança.
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O Ministério Público e a prefeitura de Campinas seguem com investigações paralelas em busca de outras informações que ajudem a identificar possíveis falhas nos procedimentos adotados e na assistência social. O caso está em segredo de justiça.
Pai, madrasta e meia-irmã continuam presos. O menino teve alta do hospital e está em um abrigo da cidade, aguardando decisão da Vara da Infância e Juventude para definir se vai morar com parentes que pediram a guarda ou vai ser levado à adoção.
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