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Tragédia em Capitólio: Prefeito admite falta de estudo de risco geológico em cânion

O deslizamento de um cânion já deixou pelo menos dez mortos.

Gabriela Luna
Gabriela Luna
Publicado em 10/01/2022 às 10:00
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Reprodução/Twitter
Bombeiros seguem nas buscas das pessoas que estão desaparecidas em Capitólio - FOTO: Reprodução/Twitter

A discussão acerca da responsabilização tragédia que deixou pelo menos dez mortos com o desabamento em cânion no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), continua aberta. A prevenção de acidentes do tipo tem sido objeto de esquiva da Polícia, Bombeiros e Defesa Civil.

O prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva (PP-MG), admitiu que não era feito nenhum tipo de acompanhamento geológico no ponto turístico.

"Estamos fazendo um trabalho desde o ano passado sobre trombas d’água, para mobilizar os empresários, os turistas, para que ficassem atentos a elas. Queda de paredão nunca tivemos. É uma injustiça querer cobrar isso. Foi uma fatalidade", disse o prefeito.

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Em entrevista à Globonews, Cristiano Silva disse ainda que não há uma norma que impeça as lanchas de estar naquele local, mas que é proibido que os barcos atraquem no cânion para que banhistas entrem na água. Segundo ele, há pontos específicos para mergulho.

Para a geógrafa Ana Luiza Coelho Netto, a responsabilidade deveria ser atribuída às três esferas: municipal, estadual e federal.

"A responsabilidade deveria estar nas instancias de governo afins ao planejamentos e gestão territorial, com foco na gestão de riscos ou melhor, dos múltiplos riscos aos quais estamos expostos, incluindo as três esferas, devidamente articuladas", disse.

Em coletiva da imprensa, a Polícia Civil informou que oito dos dez corpos encontrados já foram identificados, mas que alguns ainda aguardam reconhecimento formal. Todas as vítimas da tragédia encontradas até agora estavam na mesma lancha e hospedadas numa pousada em São João da Barra, também em Minas Gerais.

"Devemos continuar a última varredura em busca de todos os corpos que consigamos localizar", disse o coronel dos bombeiros Giuvaine Barbosa de Moraes ontem.

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