Na manhã desta quarta-feira (12), os pais de Beatriz Mota, Lúcia Mota e Sandro Romildo, foram impedidos de entrar no prédio da sede da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), no Recife, para participar da coletiva de imprensa sobre a prisão do suspeito de matar a menina em Petrolina, no Sertão do estado.
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"Eu vou entrar. Vocês só vão me tirar daqui se for à força. Vocês estão lidando com gente, com sentimento. São seis anos sem minha filha, são seis anos aguardando uma resposta. E a gente soube [sobre a identificação do suspeito] através da imprensa. Falta de respeito, falta de humanidade. Por isso que nós pedimos a federalização", disse Lucinha.
No local, o tumulto chamou a atenção da imprensa que estava presente. Lucinha reforçou que gostaria de participar da coletiva para obter mais esclarecimentos sobre o caso. Na ocasião, a Secretaria de Defesa Social anunciou que vai apontar as provas técnicas do caso.
"Eles vão ter que me responder muitas perguntas", afirmou ela aos jornalistas.
Veja o vídeo:
A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco anunciou na noite dessa terça-feira (11) que a Polícia Civil do estado identificou o suspeito de matar Beatriz. Segundo a SDS, o crime foi solucionado com base em exames de DNA realizados na arma do crime.
Os materiais genéticos encontrados na faca que matou a menina foram cruzados com bancos genéticos e identificaram o suspeito dentro do sistema prisional do estado. O homem está detido por outros delitos e confessou ser o responsável pela morte de Beatriz.
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Relembre o caso Beatriz
A menina Beatriz Angélica Mota foi morta aos 7 anos de idade com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada do colégio particular em que estudava em Petrolina, no sertão de Pernambuco.
O crime ocorreu enquanto estava sendo realizada uma festa de formatura no local. Em um momento, Beatriz se afastou dos pais para beber água e não voltou. O corpo foi encontrado 30 minutos depois.
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