Justiça

Caso Beatriz: suspeito do crime é identificado e já estava preso por outros delitos

Ao ser ouvido pela Polícia, homem teria confessado sua participação na morte da garota

Antonio Virginio Neto
Antonio Virginio Neto
Publicado em 11/01/2022 às 19:40 | Atualizado em 12/01/2022 às 10:19
Notícia
Reprodução/ Facebook
A menina Beatriz Angélica Mota foi morta com 42 facadas em dezembro de 2015 - FOTO: Reprodução/ Facebook

Um homem suspeito de assassinar a menina Beatriz Mota, que foi morta com 42 facadas dentro da escola em que estudava em Petrolina, Sertão do estado, foi identificado pela Polícia Civil de Pernambuco nessa terça-feira (11).

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De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), o crime foi solucionado com base em exames de DNA realizados na arma do crime.

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Materiais encontrados na faca que matou Beatriz foram cruzados com bancos genéticos e identificaram o suspeito dentro do sistema prisional de Pernambuco.

Ainda de acordo com a SDS, o homem está preso por outros crimes e confessou ter sido o responsável pela morte da menina.

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Os detalhes da operação vão ser apresentados nesta quarta-feira (12), às 9h, na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife.

Na ocasião, a Secretaria de Defesa Social vai apontar as provas técnicas do caso. 

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Beatriz foi morta a facadas em sala de aula

No dia 10 de dezembro de 2015, a menina Beatriz Mota foi morta aos sete anos de idade com 42 facadas dentro de uma sala desativada no colégio particular em que estudava, na cidade de Petrolina, sertão de Pernambuco.

No local, estava sendo realizada uma festa de formatura, da qual a irmã mais velha da vítima participava, junto com vários estudantes.

Em um dado momento, Beatriz se afastou dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo foi encontrado cerca de 30 minutos depois.

Desde o crime, a família da garota luta por justiça e pela federalização do caso.

Pais andaram 720 km por justiça em 2021

Os pais de Beatriz, Lúcia Mota e Sandro Romildo caminharam 720 km durante 24 dias, de Petrolina até Recife em Dezembro de 2021 para cobrar justiça ao governador Paulo Câmara (PSB).

Eles saíram de Petrolina no dia 5 de dezembro e chegaram à capital pernambucana no dia 28 de dezembro.

Na ocasião, Lúcia fez um apelo ao governador do estado, Paulo Câmara (PSB), para federalizar o caso.

"É um ato de humanidade o senhor aceitar o nosso pedido de colaboração dos peritos americanos. Existe previsão legal na nossa Constituição para esse pedido, então se o senhor não aceitar, o senhor está sendo desumano", afirmou.

Durante a caminhada, Sandro e Lúcia encontraram Mirtes Renata, mãe de Miguel, menino que morreu após cair de 9º andar de um prédio de luxo após ser deixado no elevador pela patroa da mãe no Recife. Mirtes foi até o local para apoiar os pais de Beatriz na luta por justiça.

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