Previsto para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro na próxima terça-feira (19), foi divulgado que o depoimento do general Braga Netto foi desmarcado e substituído por nova figura.
Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Principal ponto de interesse da CPMI com o general era sobre uma suposta relação dos militares com ações contra as eleições de 2022.
Depoimento de Braga Netto é substituído por servidor de apoio de Bolsonaro
De acordo com o G1, depoimento do general Braga Netto para CPI do 8 de janeiro nesta terça foi desmarcado. O foco da Comissão na fala do ex-ministro de Bolsonaro era investigar um possível envolvimento dos militares em ações contra o sistema eleitoral. Essa suspeita foi levantada pelo hacker Walter Delgatti durante fala para CPMI.
Para substituir o depoimento de Braga Netto, a CPI escolheu chamar para depor Osmar Crivelatti, ex-assessor da Presidência da República e atual membro da equipe de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Após a prisão do tenente-coronel Mauro Cid no caso do cartão vacinal, Crivelatti se tornou o membro da equipe mais próximo de Bolsonaro.
O nome de Osmar está envolvido no caso das joias sauditas, já que foi Crivelatti que assinou a retirada do relógio Rolex do acervo de presentes oficiais do Palácio do Planalto. O ex-assessor também foi para os Estados Unidos antes de Bolsonaro, para preparar sua residência.
A assessoria do presidente da CPI, o deputado Arthur Maia (União-BA), foi questionada pelo G1 sobre o motivo do desmarcação do depoimento de Braga Netto e quando o general seria ouvido, mas até agora não houve resposta.