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Maioria do STF vota contra tese sobre marco temporal de terras indígenas

Sessão continua para a coleta dos votos de mais três ministros

Cadastrado por

Marilia Pessoa

Publicado em 21/09/2023 às 16:46 | Atualizado em 21/09/2023 às 16:47
Manifestação de Indígenas contra o marco temporal, na Esplanada dos Ministérios
Manifestação de Indígenas contra o marco temporal, na Esplanada dos Ministérios - Antônio Cruz/Agência Brasil

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou, nesta quinta-feira (21), inconstitucional a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

De acordo com informações da Agência Brasil, a sessão ainda prossegue para a coleta dos votos de mais três ministros.

Segundo a tese, que é defendida pelos proprietários de terras, os indígenas teriam direito apenas às terras que estavam sob sua posse em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam sujeitas a disputas judiciais naquela época.

Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Luiz Fux se manifestaram contrários à tese, enquanto Nunes Marques e André Mendonça se posicionaram a favor.

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Ainda são aguardados os votos dos ministros Gilmar Mendes, Carmen Lúcia e da presidente, ministra Rosa Weber.

Embora a maioria tenha se formado contra o marco temporal, os ministros ainda precisarão examinar a extensão da decisão.

Conforme a interpretação que foi aberta com o voto de Moraes, aqueles que adquiriram terras de "boa-fé" poderiam buscar compensação por melhorias feitas nas terras e pelo valor das terras nuas.

Essa decisão teria efeito para os proprietários que receberam títulos de terras do governo, que originalmente deveriam ser consideradas áreas indígenas.

A possibilidade de o governo indenizar os proprietários é alvo de críticas por parte do movimento indigenista.

*Com informações da Agência Brasil

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