Depois da repercussão da operação da Polícia Federal que expôs atividades de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão Bolsonaro (PL), surge a preocupação na família do ex-presidente quanto à divulgação da lista de indivíduos monitorados sem autorização judicial.
Conforme relato do Blog da Andréia Sadi no G1, a apreensão da família Bolsonaro reside no receio de que a lista revele, não apenas a vigilância ilegal dos adversários políticos de Jair e sua família, mas também a monitorização não autorizada de aliados e amigos próximos ao grupo.
FAMÍLIA BOLSONARO TEME QUE LISTA DE ESPIONADOS ILEGALMENTE PELA ABIN MOSTRE ALIADOS
Segundo Sadi, a principal apreensão do círculo de Jair Bolsonaro é que a lista completa dos monitorados seja divulgada, demonstrando que a espionagem ilegal não se limitou aos oponentes políticos da administração, atingindo também pessoas próximas ao governo.
Com a Polícia Federal em posse de uma lista contendo aproximadamente 1,5 mil casos de monitoramento ilegal realizado pela chamada Abin paralela, alguns aliados do ex-presidente Bolsonaro consideram a possibilidade de estarem entre os indivíduos espionados ilegalmente.
A preocupação ganha relevância devido à relação conspiratória mantida por Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) com Jair Bolsonaro durante sua gestão, na qual o ex-presidente desconfiava de todos ao seu redor. Sadi destaca que diversos aliados sugerem que Carlos nutria a ideia de que Bolsonaro só poderia confiar na própria família.
Além da inquietação quanto à divulgação da lista de monitorados, já solicitada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), há apreensões relacionadas ao conteúdo do computador apreendido pela PF no gabinete de Carlos Bolsonaro durante a operação realizada nesta segunda-feira (29).
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