Operação Lesa Pátria: Empresário com 70 armas bloqueou ponte em protesto pós-eleições 2022, revela Polícia Federal
Empresário com 70 armas lidera protesto e bloqueio de ponte segundo detalhes da Operação Lesa Pátria que revelam ação polêmica após as eleições de 2022
Na quinta-feira (29 de fevereiro), a Polícia Federal (PF) realizou a 25ª fase da operação Lesa Pátria, responsável por investigar a participação de indivíduos em atos golpistas após as eleições de 2022.
Dessa vez, a operação revelou o nome do empresário Frederico Carvalho, que portava 70 armas em sua residência.
O empresário, juntamente com outros sete investigados, sofreu buscas e apreensões devido ao seu envolvimento em um bloqueio ocorrido em uma ponte na rodovia TO-080, na saída de Palmas–TO, dias após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
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Carvalho não apenas participou, como também liderou o bloqueio junto a outros bolsonaristas. Segundo relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Polícia Civil de Tocantins, o empresário levou sua família e uma carreta carregada de pneus para o ponto de bloqueio.
O relatório afirma que o empresário chegou à concentração bolsonarista em 1º de novembro de 2022.
A defesa de Carvalho alega que os pneus foram levados a pedido de conhecidos para organizar o trânsito e evitar acidentes. Porém, a esposa do empresário contradiz a versão.
Nas suas redes sociais, ela publicou fotos e vídeos do protesto afirmando que o marido estava “nas ruas lutando por um país que não nos pertencia mais”.
70 ARMAS APREENDIDAS NA CASA DO EMPRESÁRIO
Além do envolvimento no protesto, a PF apreendeu armamento e dinheiro na casa de Carvalho. Setenta armas, incluindo algumas de grosso calibre, foram trazidas dos Estados Unidos, onde o empresário morou por mais de 30 anos.
A defesa alega que todo armamento está legalizado e fazem parte da coleção bélica adquirida legalmente nos Estados Unidos. Foram trazidas ao Brasil como “bens da família”, isentos de tributação.
Porém, o empresário teve o armamento retido pela Receita Federal ao retornar ao Brasil em novembro de 2021, sendo necessário recorrer à Justiça para recuperar o material em maio de 2022.
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