O levantamento Mulheres no Mercado de Trabalho, feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que, nos últimos anos, a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu no Brasil.
Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) de 2023 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a análise apresenta uma elevação de 6,7 pontos na paridade salarial entre gêneros.
DESIGUALDADE DE GÊNERO NO TRABALHO DIMINUIU EM ÚLTIMOS ANOS
Os dados de comparação são de 2013, em que a paridade salarial entre os gêneros era de 72, enquanto em 2023 está em 78,3.
O sistema de paridade de gênero é uma escala de 0 a 100. Quanto mais próximo de 100, maior a igualdade salarial entre os gêneros.
As informações gerais sobre esse novo índice foram apresentados nesta terça-feira (05) no Fórum Nacional da Mulher Empresário, realizado pela CNI.
A pesquisa demonstra um aumento na participação de mulheres em cargos de liderança, com um crescimento de 3,4%. O índice de empregabilidade do gênero feminino também passou de 62,6% para 66,6%, em uma elevação de 6,4%.
O levantamento apresentou que mulheres têm maior escolaridade, com uma média de 12 anos de estudo, enquanto homens ficam com 10,7 anos.
Apesar disso, o tempo de jornada de trabalho reprodutiva, em que se acumula as atividades domésticas e cuidados com familiares, continua maior em mulheres, empregadas ou não.
Pessoas do gênero feminino que trabalham tem 17,8 horas semanais em tais atividades, homens 11 horas. O caso é pior para desempregados, mulheres sem emprego fazem 24,5 horas de atividades domésticas, homens 13,4h.