A ida do advogado Wank Medrado, que defende Alisson Henrique, suspeito de apagar imagens das câmeras de segurança que poderiam contribuir para investigações do caso Beatriz Mota, até a Câmara de Vereadores de Petrolina, no sertão causou protestos dos familiares da menina.
Lucinha Mota, mãe de Beatriz, exigiu saber quem mandou apagar as imagens das câmeras serem apagadas e fez críticas ao Legislativo. "Venham aqui, vereadores, fazer prestação de contas do trabalho de vocês. É isso, Petrolina, o dinheiro público está sendo usado para essa vergonha. Eu repudio completamente essa casa de vereadores", reclamou ela.
Em setembro deste ano, o advogado de Alisson afirmou que o cliente não era o funcionário responsável pelas câmeras da unidade escolar. Ele explicou que a revogação da prisão de seu cliente foi concedida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco por entender que as investigações não conseguiram chegar a um resultado.
Os desembargadores consideraram não haver provas suficientes contra o ex-funcionário do colégio e, por isso, a Câmara de Petrolina abriu espaço para explicar o processo.
Em nota, a Câmara de Vereadores de Petrolina esclareceu que a participação de autoridades nas sessões está dentro do regime interno e que em nenhum momento a Câmara Municipal de Petrolina cerceou o direito de Lúcia Mota de participar da Tribuna Livre. A Câmara ainda lembrou que recebeu duas vezes os pais de Beatriz e autorizou o uso do espaço do Plenário para que eles concedessem uma entrevistada para a imprensa em 9 de março de 2016.
Beatriz Mota, então com 7 anos, foi assassinada com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada no colégio particular em que estudava. A festa de formatura da irmã mais velha da criança era realizada na instituição de ensino e havia várias pessoas no colégio. Em um dado momento, a menina afastou-se dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo foi encontrado cerca de 30 minutos depois.
Alisson Henrique foi considerado suspeito de apagar as imagens das câmeras de segurança da escola que mostravam o suposto autor do homicídio. A defesa dele citou que a polícia "usou Alisson como bode expiatório para poupar um erro" e que o HD com imagens do circuito do colégio "foi apagado pela polícia por um sistema incompatível".
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