Bolsonaro quer que ministro da Saúde proponha isolamento do coronavírus apenas para idosos

Diminuição da circulação de pessoas é forma de evitar a disseminação do vírus, de acordo com especialistas
Ana Maria Santiago de Miranda
Publicado em 25/03/2020 às 12:01
Pronunciamento do Presidente da República, Jair Bolsonaro Foto: Carolina Antunes/PR


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as ações que governadores e prefeitos têm tomado para diminuir a circulação de pessoas como forma de evitar a disseminação do novo coronavírus. Em fala na saída do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (25), Bolsonaro defendeu o isolamento apenas para idosos e pessoas com problemas de saúde, grupo de risco da Covid-19 (isolamento vertical).

O presidente informou ainda que conversou na terça (24) com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre o assunto, e deve tomar uma decisão em breve. Atualmente, o Brasil tem 2 mil casos confirmados do coronavírus, com 46 mortes.

Para Bolsonaro, a paralisação irá provocar um grande impacto econômico no País, já que, sem faturamento, as empresas não têm como pagar aos funcionários. "O caos está aí. Se não acordarmos para a realidade, daqui a poucos dias poderá ser tarde demais", declarou.

Críticas aos governadores

O chefe do Executivo aproveitou para criticar os governadores do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e de São Paulo, João Doria (PSDB), e os acusou de fazer "demagogia barata para esconder outros problemas".

As declarações seguem a mesma linha das já expostas em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão na noite de terça-feira. Na TV, ele ainda atacou a imprensa e pediu que escolas e comércio reabrissem.

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