Denúncia revela que suspeito de matar Beatriz Mota pode estar no Piauí

Caso continua sem solução
Marilia Pessoa
Marilia Pessoa
Publicado em 06/04/2020 às 9:51
Beatriz foi morta em Petrolina, no Sertão do estado Foto: Arquivo pessoal


Uma denúncia revelou que o suspeito de matar a menina Beatriz Mota, morta a facadas em 10 de dezembro de 2015 em uma escola em Petrolina, pode estar no estado do Piauí. A denúncia foi divulgada no grupo " Somos Todos Beatriz", criado para pedir respostas sobre o caso que continua sem solução.

Uma postagem feita na noite desse domingo (4), no Facebook do grupo, divulgou a denúncia e os familiares da menina confirmaram o caso.

Relembre o caso

Beatriz Mota, então com 7 anos, foi morta com 42 facadas no dia 10 de dezembro de 2015, dentro de uma sala desativada no colégio particular em que estudava. A festa de formatura da irmã mais velha da criança era realizada na instituição de ensino e havia várias pessoas no colégio. Em um dado momento, a menina afastou-se dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo foi encontrado cerca de 30 minutos depois.

Alisson Henrique foi considerado suspeito de apagar as imagens das câmeras de segurança da escola que mostravam o suposto autor do homicídio. A defesa dele citou que a polícia "usou Alisson como bode expiatório para poupar um erro" e que o HD com imagens do circuito do colégio "foi apagado pela polícia por um sistema incompatível". A prisão dele foi revogada.

Mudança de delegados

Em março deste ano, a investigação da morte de Beatriz Angélica passou mais uma vez por uma mudança de delegados. Foi a 4ª mudança. A delegada Polyanna Néry deixou o caso no dia 16. Por meio de nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que a delegada decidiu se afastar de maneira espontânea.

Leia a nota:

"A Polícia Civil de Pernambuco esclarece que continua em tramitação o Inquérito Policial que apura o homicídio de que foi vítima a criança BEATRIZ ANGÉLICA MOTA, havendo total empenho na elucidação do crime, inclusive com composição de uma Força Tarefa integrada por quatro delegados designados para o caso, por determinação da Chefia de Polícia através da Portaria no 235/2019.

Importante destacar que todas as autoridades policiais designadas para a Força Tarefa o foram por possuírem notável experiência no âmbito de investigações de crimes violentos contra a vida.

A Delegada Francisca Polyanna Neri, conforme a mencionada portaria, integrou a referida Força Tarefa desde sua implementação, na qualidade de presidente do Inquérito Policial, atuando no caso com os outros três delegados.

Ocorreu que, em fevereiro de 2020, a citada delegada, por sua própria iniciativa e de forma espontânea, requereu seu afastamento do caso, sendo, portanto, necessário a revogação daquela portaria e a consequente designação de outra autoridade policial para substituí-la. Diante disso, a Chefia de Polícia acatou o requerimento, e assim sobreveio a Portaria n. 051/2020, que mantém a conjunta de Força Tarefa composta por quatro delegados, agora designando os delegados Isabella Cabral Fonseca Pessoa e João Leonardo Freire Cavalcanti para prosseguir na presidência do Inquérito Policial.

Com relação à investigação propriamente dita, o trâmite segue sob o manto do segredo de justiça que não autoriza quaisquer divulgações.

Apesar dos desafios, a PCPE tem plena confiança que o caso será elucidado, trazendo justiça para os familiares e a sociedade".

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