O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) planeja zerar o imposto de importação dos produtos da cesta básica. O objetivo é poupar críticas por um possível retorno da inflação puxada por esses itens alimentícios.
Pessoas que integraram as discussões com Bolsonaro em relação ao assunto destacaram que a proposta é, de início, propor à Câmara de Comércio e Exterior (Camex), a criação de um comitê ligado ao Ministério da Economia, para zerar a alíquota de importação do arroz vindo de países fora do Mercosul.
A intenção do governo é realizar já nesta semana uma reunião do órgão. Uma das datas em análise é sexta (11), para quando está previsto encontro do comitê-executivo de gestão para definir uma posição.
No entanto, outros itens da cesta básica, como milho e soja, também poderão ter o mesmo tratamento para conter a alta de preços. Mas deverão ser tratados em uma outra rodada de encontros.
O aumento de preços vem ocorrendo pelos varejistas como resposta ao represamento de produtos pelos agricultores. Segundo técnicos do governo, eles estão fazendo estoque para, assim, elevar o preço dos produtos.
Além disso, representantes de grandes redes de supermercados consideram que o aumento de preços se acelerou por causa de fatores como a desvalorização do real, queda das importações e o crescimento da demanda interna. Outro fator é a alta das exportações.
Desde a semana passada, na tentativa de dar uma resposta a seu eleitorado, Bolsonaro tem telefonado para empresários de redes varejistas cobrando patriotismo e uma redução temporária de suas margens de lucro.
"Eu tenho apelado a eles. Ninguém vai usar caneta Bic para tabelar nada. Não existe tabelamento", disse o presidente em uma live nesta terça-feira (8). Mas estamos pedindo para eles que o lucro desses produtos essenciais para a população seja próximo de zero. Eu acredito que, com a nova safra, a tendência é normalizar o preço", afirmou Bolsonaro.
Associações do varejo divulgaram cartas públicas alertando para o aumento de preços. A alta chega a superar 20% em 12 meses em produtos como leite, arroz, feijão e óleo de soja –itens da cesta. Até julho, o IPCA acumula alta de 2,31% em 12 meses. Mas, no mesmo período, o item de alimentação e bebidas subiu 7,61%.
Com informações da Folhapress
Este conteúdo é exclusivo para assinantes JC
Não localizamos uma assinatura ativa do JC para esta conta.
Para acessar este e outros conteúdos exclusivos, assine aqui.
Seu e-mail não é {{ email }} ou precisa trocar de conta?
Entre novamente.
{{ signinwall.metadata.blocked_text }}
Já é assinante?
Selecione o seu plano
{{ plans.first.name }}
R$ {{ plans.first.formatted_price }} /{{ plans.first.subscription_type }}
{{ plans.first.paywall_description }}
{{ plans.second.name }}
R$ {{ plans.second.formatted_price }} /{{ plans.second.subscription_type }}
{{ plans.second.paywall_description }}
{{ plans.third.name }}
R$ {{ plans.third.formatted_price }} /{{ plans.third.subscription_type }}
{{ plans.third.paywall_description }}
Pagamento
Assinatura efetuada com sucesso!
Agora você tem acesso a todo o conteúdo do nosso portal!
voltar para o conteúdoNão foi possível realizar sua assinatura.
Por favor, verifique as informações de pagamento e tente novamente.