A Universidade de São Paulo (USP) está desenvolvendo uma vacina em spray nasal contra a Covid-19. De acordo com a universidade, o modelo de imunização, que está sendo desenvolvido desde abril de 2020, teve resultados positivos nos testes realizados em camundongos contra a hepatite B.
O intuito dos pesquisadores é criar uma vacina capaz de fazer o corpo humano produzir uma resposta imune e de defesa, gerando uma célula de memória que evitará o desenvolvimento do coronavírus após a infecção. Em entrevista ao Jornal da USP, o líder da pesquisa, Jorge Elias Kalil Filho, explicou que o objetivo do imunizante é atacar o vírus em sua porta de entrada para o organismo humano, especificamente na mucosa nasal.
A opção pelo desenvolvimento da vacina nasal se deve ao fato de que é possível ter uma resposta muito mais forte, além da vacina fortalece as defesas na mucosa nasal. A expectativa é que o organismo do paciente produza a IgA Secretoram, um tipo de anticorpo presente na saliva, na lágrima, no colostro, no trato respiratório, no intestino e no útero, que atuaria no combate ao coronavírus.
A nanopartícula criada pelos pesquisadores e utilizada na vacina permite que a substância permaneça na mucosa nasal por até quatro horas, o suficiente para ser absorvida e iniciar uma reposta do sistema imunológico. De acordo com a USP, para garantir a imunização, serão necessárias a aplicação de quatro doses, duas em cada narina, com intervalo de 15 dias.
Se os resultados dos testes forem positivos, a expectativa é que a vacina em spray nasal seja aprovada ainda este ano. Os pesquisadores estimam que o produto seja repassado ao público a um custo de R$ 100 reais.
- A vacina em spray nasal seria um alívio para aqueles que têm medo de agulha, mas estão sonhando com a imunização contra a Covid-19. A dor da agulhada é temida por muitas pessoas que possuem fobia e entram em desespero só de pensar no momento de tomar a vacina. Além do spray ser mais confortável, inclusive para as crianças e bebês;
- A produção da vacina será 100% nacional, o que agilizaria a produção no Brasil e permitiria uma independência do país em relação a tecnologia utilizada no desenvolvimento da vacina, sem necessidade de importações que demoram dias e custam caro;
- O imunizante é adaptável às diferentes variantes, que estão se proliferando mais rapidamente. Um das preocupações dos cientistas atualmente são as mutações do vírus, que podem ser mais agressivas e se espalharem com maior rapidez, acometendo mais pessoas;
- Possibilidade de armazenamento em temperatura ambiente. A logística do transporte e distribuição das vacinas faz com que seja necessário uma verdadeira força tarefa para garanti que as doses cheguem ao destino final em perfeitas condições, temperaturas muito baixas acabam dificultando o processo e tornando a vacina mais vulnerável a ser estragada.
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