A família de Beatriz Mota, criança que foi morta aos sete anos com 42 facadas em Petrolina, no Sertão, em 2015, chegou ao Recife nesta terça-feira (28) durante caminhada que pede justiça no caso. Lúcia Mota e Sandro Romildo caminharam 720 km durante 24 dias, de Petrolina até a capital pernambucana.
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Os pais da menina saíram de Petrolina no dia 5 de dezembro. Na última quarta-feira (22), Lúcia fez um apelo ao governador do estado, Paulo Câmara (PSB), para federalizar o caso.
"É um ato de humanidade o senhor aceitar o nosso pedido de colaboração dos peritos americanos. Existe previsão legal na nossa Constituição para esse pedido, então se o senhor não aceitar, o senhor está sendo desumano", afirmou.
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Com a chegada ao Recife, a família de Beatriz também deseja se reunir com Paulo Câmara para pedir novamente pela federalização.
Durante a caminhada, Sandro e Lúcia encontraram Mirtes Renata, mãe de Miguel, menino que morreu após cair de 9º andar de um prédio de luxo após ser deixado no elevador pela patroa da mãe no Recife. Mirtes foi até o local para apoiar os pais de Beatriz na luta por justiça.
O encontro foi registrado em vídeo e publicado pela família da menina. No post, Lúcia comemora os 700 km de caminhada atingidos. "Esses 700 quilômetros são por todas as mães de Pernambuco que lutam para garantir aos seus filhos um inquérito e um processo justo. Obrigada a todos, obrigada Mirtes", disse ela.
Veja o vídeo:
Relembre o caso
A menina Beatriz Mota foi morta a facadas aos 7 anos de idade no dia 10 de dezembro de 2015, em uma sala desativada no colégio em que estudava, em Petrolina, durante a festa de formatura da irmã dela. A criança se afastou dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo foi encontrado 30 minutos depois.
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