O abolicionismo foi um evento histórico de importância enorme para história de todo o mundo. No Brasil, não foi diferente: esse movimento político mudou o curso do nosso país e transformou, em partes, o destino de milhares de pessoas.
O Brasil foi o maior território escravagista do Ocidente, e o último da América a proibir legalmente a escravidão. Por cerca de 350 anos, o país teve mais de 4,5 milhões de escravos africanos, trabalhando de modo forçado para os que tinham poder.
Abolição da escravatura foi o resultado da Lei Áurea, que proibiu legalmente a escravidão no Brasil. Depois de muita movimentação popular, mais de 700 mil escravos no país foram libertos dos seus serviços.
Ao contrário do que muitos pensam, a abolição da escravatura não aconteceu por empatia aos escravos. Esse foi um processo muito debatido, pois os escravos eram importantes para a economia do país e os fazendeiros com poder e terras não queriam libertar seus servos.
A primeira lei que flexibilizou a escravatura foi a Lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico negreiro no Brasil, mas permitia africanos que já estavam no Brasil continuassem escravos. Isso aconteceu para evitar uma guerra contra Inglaterra, que estava com Bill Aberdeen em vigor: uma lei que concedia direitos à Marinha de atuar de maneira rígida contra o tráfico negreiro.
Depois da lei de proibição do tráfico, o Brasil iniciou oficialmente sua transição de um país escravocrata, mas o governo da época queria evitar o máximo de tempo possível essa liberdade aos africanos.
Os movimentos abolicionistas ganharam ainda mais força e o debate tornou-se uma pauta política. A pressão popular sobre o Império fez com que outras leis de flexibilização fossem criadas, como Lei do Ventre Livre e Lei dos Sexagenários. Assim, o Império se via com ainda mais dificuldade de evitar a abolição completa.
A abolição da escravatura no Brasil aconteceu no dia 13 de maio de 1888, quando o Império permitiu que os africanos fossem libertos por completo. A pressão de outros países, ação de grupos abolicionistas e revoltas intensas dos escravos, que se organizavam de várias formas, tornou a escravatura no Brasil insustentável.
Foi assim que a princesa Isabel, regente do país na época, assinasse a Lei Áurea, que aboliu oficialmente a escravatura. Contudo, não houve nenhum suporte para os negros recém libertos. Muitos acabaram em uma situação ainda mais precária, pois foram expulsos da terra dos fazendeiros e não tinham onde dormir.
Percebemos, por fim, que a abolição da escravatura não foi um feito humanitário. Nesta sexta-feira, 13 de maio de 2022 a abolição completa 134 anos, e é uma data importante para relembrar a História do país e reconhecer os reflexos que a escravatura tem até hoje, mesmo tantas décadas depois.
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