Os preparativos para o ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para daqui a mais de duas semanas, têm gerado controvérsias, não apenas pela confirmação de presenças políticas, mas também pelos questionamentos sobre o financiamento do evento.
Na última quinta-feira (15), o pastor Silas Malafaia anunciou que a Associação Vitória em Cristo, entidade religiosa à qual está vinculado, custearia integralmente o ato em apoio a Jair Bolsonaro. No entanto, especulações sobre o uso de recursos provenientes do dízimo dos fiéis provocaram uma mudança de postura por parte de Malafaia.
SILAS MALAFAIA DECIDE PAGAR ATO DE BOLSONARO DO PRÓPRIO BOLSO
Após as declarações, Silas Malafaia divulgou em suas redes sociais na sexta-feira (16) que pagará com recursos próprios os custos do ato em defesa do ex-presidente Bolsonaro.
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Apesar de alegar que há uma separação entre a igreja e a associação que financiaria o evento pró-Bolsonaro, o pastor preferiu utilizar seus próprios fundos para evitar possíveis "acusações da esquerda". Além disso, foi sugerido que fiéis poderiam contribuir com doações para o evento.
O ato, planejado para reunir 300 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, na última segunda-feira de fevereiro (25), foi idealizado por Silas Malafaia em meio às investigações da Polícia Federal que envolveram Bolsonaro em uma suposta trama de golpe.
O pastor declarou que o evento terá um trio elétrico em que deve estar o ex-presidente. O slogan do ato deve seguir a lógica de defender o Estado Democrático de Direito, apesar desse ser um dos crimes do qual Bolsonaro é investigado contra.
Malafaia já havia financiado o ato ocorrido em 7 de setembro de 2022, no Rio de Janeiro.