O suspeito de matar Beatriz Mota a facadas em dezembro de 2015 em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, voltou atrás e afirmou ser inocente. Nessa terça-feira (18), o advogado Rafael Nunes divulgou uma suposta carta em que o suspeito disse ter sido forçado a confessar que teria matado a menina.
De acordo com o advogado, a carta teria sido escrita depois que ele assumiu o caso. O homem está preso no presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife.
"Eu sou inocente, eu não matei a criança, confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem minha morte, preciso de ajuda. Estou com medo de morrer, quero viver. Eu não sou assassino", diz trecho da suposta carta.
O suspeito também teria escrito que queria falar com a mãe da criança, Lúcia Mota. "Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe. Deus é justo", disse.
Rafael Nunes passou a substituir a outra advogada do suspeito, Niedja Mônica da Silva, nesta semana.
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"Eu sou inocente, eu não matei a criança, confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem minha morte, preciso de ajuda.
Estou com medo de morrer, quero viver. Eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe. Deus é Justo".
Através de nota, a SDS disse que todo o inquérito sobre a morte de Beatriz Mota está sendo realizado dentro de todos os parâmetros legais e que o indiciamento do suspeito foi realizado após identificação através de comparação de DNA.
"A Secretaria de Defesa Social reforça que todo o inquérito sobre o assassinato da menina Beatriz está sendo realizado dentro de todos os parâmetros legais, com zelo e lisura. Esclarece ainda que o indiciamento do suspeito do crime foi realizado após a identificação positiva através de comparação de DNA. Essa é uma prova técnico-científica, que foi ratificada pela confissão do preso que se coaduna com as demais provas existentes no inquérito policial e é compatível com a dinâmica dos fatos e toda a linha de tempo descoberta durante a investigação.
Importante ressaltar que a Polícia Civil filmou o depoimento na íntegra, seguindo todas as regras legais, a fim de evitar quaisquer questionamentos, tentativas de macular a confissão ou estratégias projetadas para tumultuar o caso.
A SDS informa, ainda, que o caso segue sob sigilo, e a Polícia Civil de Pernambuco está dando continuidade às diligências solicitadas pelo Ministério Público Estadual, bem como à compilação de todas as provas necessárias para conclusão do inquérito policial e consequente remessa ao MPPE".
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A mãe da menina, Lúcia Mota, realizou uma live nas redes sociais na noite dessa terça-feira e disse que acredita que o suspeito é culpado pela morte da filha. "Nessa semana o advogado dele mudou e, com isso, eu já esperava que ele fosse agir dessa forma. Eu fico triste com isso, mas de certa forma esperava", afirmou.
"Teve um perito que falou que mesmo que não houvesse o resultado do DNA, ele [o suspeito] é 100% o assassino de Beatriz. O vídeo mostra claramente que ele não sofreu nenhuma pressão e nem ameaça", completou.
A Polícia Civil de Pernambuco divulgou no dia 11 de janeiro que identificou o suspeito de matar Beatriz. Na última quarta-feira (12), foi realizada uma coletiva para trazer mais detalhes na sede da Secretaria de Defesa Social, no Recife.
A SDS informou que o suspeito já estava preso por outros delitos e foi identificado através de análises de DNA do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos. Foram analisados os perfis genéticos de 125 suspeitos e a polícia conseguiu chegar ao suspeito utilizando o material encontrado na faca usada para matar Beatriz.
No dia 10 de dezembro de 2015, Beatriz Angélica Mota foi morta a facadas aos sete anos de idade dentro de uma sala desativada do colégio em que estudava, durante uma festa de formatura.
A menina se afastou dos pais para beber água e não voltou. O corpo foi encontrado aproximadamente 30 minutos depois.
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