O Governo de Pernambuco decretou quarentena nesta segunda-feira (11), no Recife e quatro cidades da região metropolitana: Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata. As medidas mais duras para garantir o isolamento social irão durar de 16 a 31 de maio. O objetivo é conter a disseminação do novo coronavírus (covid-19), que já infectou 13.768 pessoas no estado e matou 1.087.
Entre as medidas estão a restrição do trânsito de veículos, com um rodízio, o aumento da fiscalização em estabelecimentos comerciais e a redução da circulação de pessoas entre as cidades.
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A partir desta terça (12), as medidas começam a valer em caráter educativo, até o dia 15. A partir do dia 16, quem descumprir poderá ser punido. Os serviços essenciais, como supermercados, farmácias, padarias, entre outros, seguem funcionando normalmente.
"Nos últimos 10 dias, vimos o número de casos confirmados e de óbitos motivados pela covid-19 praticamente dobrar em Pernambuco. Mesmo com todos os nossos esforços, temos uma fila de espera por vagas de UTI que já ultrapassa 200 pessoas", justificou o governador Paulo Câmara (PSB).
Ainda de acordo com o governador, 75% dos casos confirmados e 68% dos óbitos estão concentrados nos cinco municípios. A decisão foi anunciada após reunião do Executivo com os prefeitos destes municípios e os chefes do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Assembleia Legislativa (Alepe), Tribunal de Contas (TCE), entre outros.
Com o rodízio de veículos, haverá dias separados para que placas terminadas em números ímpares e pares circulem nestas cidades. Haverá ainda a instalação de pontos de controle de móveis e intermunicipais. O decreto prevê fiscalização e apreensão dos veículos sem autorização para transitar.
Não serão atingidos pela medida os profissionais de saúde, segurança, defesa civil e veículos de uso oficial. Também estarão liberados de circular veículos de outros serviços essenciais, como distribuidoras de água e gás, energia, Correios, imprensa, alimentos, funerárias, coleta de lixo, obras, guinchos, ambulâncias, táxis, ônibus e motocicletas de entrega.
De acordo com o governo, a circulação de pessoas será controlada através da exigência de documento de identificação, justificativa do destino e finalidade essencial para a saída. Nas comunidades, serão realizadas ações de fiscalização e fechamento de estabelecimentos comerciais, higienização de ruas, distribuição de kits de higiene e de material educativo relacionado à covid-19. Serão distribuídas ainda cestas básicas.
O decreto prevê ainda a obrigatoriedade do uso de máscaras pelos moradores e trabalhadores destas cidades. As pessoas que estiverem em via pública sem a proteção serão orientadas a voltar para casa. Os estabelecimentos comerciais cujos funcionários não estiverem com as máscaras serão autuados. Também haverá punição para a situação em transportes públicos.
O Governo do Estado informou que 34 pontos de fiscalização serão ativados para garantir o cumprimento das medidas (16 em Recife, oito em Olinda, oito e Jaboatão, um em Camaragibe e um em São Lourenço da Mata). Nos demais municípios pernambucanos, seguem valendo as medidas de decretos anteriores. "Precisamos da determinação de todos nesses duros 20 dias que teremos pela frente", frisou o governador.
De acordo com o boletim epidemiológico desta segunda-feira (11), Pernambuco registra 13.768 casos confirmados do novo coronavírus, sendo 7.368 graves e 6.400 leves. O Estado totaliza 1.087 mortes pela Covid- 19
A preocupação das autoridades é não só a quantidade de casos, mas a situação da rede de saúde do estado. No domingo (10), a taxa de ocupação dos leitos estava em 91%, de acordo com a Central Estadual de Regulação Hospitalar (rede pública de saúde). Os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estavam com ocupação de 97% e o de enfermaria, 86%.
Os leitos só são liberados quando os pacientes recebem alta ou morrem. O problema é que o tempo médio de permanência dos casos graves (Srag) na UTI é de 15 a 20 dias.
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